Depois que
tomaram a decisão de ir atrás de John e seus capangas, estavam a mais de duas
semanas estudando como iriam atrás deles. Resolveram ir a campo, ir atrás de
pistas e encontrar cada um deles.
- Vamos nos
separar em dupla e ir atrás de pistas. –sugeriu William Ucker.
- Vamos sim! Eu
fico com Amanda e você com a Priscila. –disse Christian.
- Não. Eu fico
com Amanda e você com Priscila. Você não pode deixar nada atrapalhar essa nossa
missão. Você se preocupa demais com as pessoas e esquece de você mesmo. Não se
preocupe que irei proteger Amanda. –falou isso dando um sorriso.
- Não preciso de
proteção! –concluiu Amanda.
Foram então a
procura de pistas, quando estavam saindo, William entregou a Priscila seu
distintivo.
- Talvez seja
útil.
- Obrigada!
Assim, cada dupla
foi para um lado. Era manhã ainda e passaram aquele dia nos bares, mercados,
bancos, em cada canto da cidade eles procuravam. Era um trabalho muito cansativo,
procurar assim sem pistas e sem direção certa. Mas eles não iriam desistir.
As coisas
aconteceram muito rápido para Karoline e isso a balançou, sua consciência pesou
e ela resolveu deixar John, mas claro que ela sabia que ele não iria aceitar aquela
decisão, por isso, foi embora sem ninguém ver e escondida, no calar da noite. Ela
já fez tanto mal na sua vida, mas dessa vez, ver sua irmã quase morrer a
deixou pensativa, ela precisava de um tempo para si mesmo.
Naquela mesma
manhã que estavam procurando John, ele levantou e não viu Karoline, ligou para
ela e sem resposta. Resolveu aguardar seu regresso, ele pensava que ela teria
ido passear logo de manhã. Depois de muitas horas John percebeu que ela não
iria voltar, então pediu para Raphael ir atrás de Karoline e a trazer de volta,
ele falou que ela estava, com toda certeza, na casa da irmã. Na mesma hora Raphael
foi atrás de Karoline na casa de Mylena.
Apesar de toda
dor que Mylena sentia por Karoline ter se tornado uma criminosa, ela entendia
que sua família era mais importante, depois de ter andado a noite toda,
Karoline no meio da manhã foi até a casa de sua irmã.
- Ah, é você. O
que você deseja? –perguntou Mylena bastante fria.
- Acredito que
Amanda já tenha contado tudo para você.
- Sim, eu confiei
em você, minha irmã, e você me traiu e isso quase custou a vida da nossa irmã.
Como você consegue dormir de noite?
- Eu não consigo.
–falou Karoline baixando a cabeça e então uma lágrima rolou de seu rosto. – Dói
tanto que as vezes nem consigo respirar.
Mylena viu
aquelas lágrimas e a convidou para entrar, ela ofereceu um copo com água que
imediatamente foi aceito por sua irmã. Lá dentro continuaram a conversa.
- Só estou
cansada. As pessoas mudam, Mylena. Você me conhece, mesmo o pai sendo quem era,
nunca me deixei levar por tudo. Inclusive fui embora e sumi da vida de vocês
justamente por ele. Mas eu me envolvi com um cara no meu trabalho a mais de dez
anos atrás e tudo mudou. Eu mudei, mas ver Amanda quase morrer por minha causa...
–ela silenciou. – Não consegui, não pude ver, virei as costas naquele momento.
- Você é uma
covarde, Karoline. Depois de tudo, você aparece com esse papinho e com lágrimas
no rosto. Sabe o que eu sonhava?
- Não, não sei.
- No dia do natal
você, eu e Amanda juntas, cada uma com seus maridos e filhos, se tivessem.
Todas juntas na ceia, a neve caindo lá fora, um frio de graus negativos, nossa
lareira nos aquecendo e estaríamos sorrindo e felizes, de verdade. Eu desejava
isso, nem que eu fosse tetraplégica e só visse e vivesse para que isso tudo se
tornasse verdade um dia só em minha vida. –concluiu Mylena.
- Um dia... –Karoline
foi interrompida com alguém batendo na porta.
Mylena foi até lá
e abriu, era Raphael.
- Onde está sua
irmã?
- Ela não está
aqui senhor. Quem é você?
- Não importa,
John me mandou para leva-la de volta.
- Mas ela não...
- Saia da frente.
–falou Raphael empurrando Mylena.
Apesar de tudo que
sua irmã havia feito, Mylena ainda a protegeu ferozmente. Karoline, estava
escondida atrás do sofá. Raphael entrou e a procurou em todos os lugares da
casa, ele foi até a cozinha, nesse momento, Karoline estava saindo devagar,
meio que por um descuido, ela bateu o cotovelo em um jarro que estava com flores
belíssimas, aquele barulho fez Raphael correr para sala, Mylena então pulou em seu pescoço.
- Corre, corre!
- Mas My... –falou
Karoline preocupada.
- Não se
preocupe, corra. Fuja!
Karoline correu
até o seu carro, Raphael atirou Mylena no chão a deixando inconsciente e correu atrás
de Karoline. Ela já estava dentro do carro, quando ele chegou até lá bateu duas
vezes até quebrar a janela, ela deu partida no carro e fugiu. Raphael entrou em
seu carro e foi atrás dela. Uma perseguição perigosa havia se iniciado.
Enquanto isso, Christian
e Priscila chegaram a um lugarzinho pacato que existia um mercadinho de bairro
e mostram a foto de todos do grupo, eles alegavam ser de um programa de
premiação e estavam perdidos, perguntaram ao dono se ele conhecia alguém dessas
fotos. Ele respondeu dizendo que conhecia sim, apontou para a foto e era Aleph,
disse ainda que ele morava ali perto. Pediram o endereço e aquele senhor
simpático deu.
Amanda e William
não encontraram nada, então resolveram voltar. Priscila e Christian foram até o
endereço que homem do mercado deu, chegando lá a casa estava vazia. Eles
resolveram entrar e vasculhar para achar alguma pista. Procuraram bastante, mas
não encontraram nada, resolveram ir embora, quando estavam saindo, Aleph chegou
apontando a arma para eles. Colocaram as mãos para cima e recuaram.
- O que vocês
estão fazendo aqui na minha casa? Pra ser bem sincero, não me interessa. Ainda
bem que meu tio que trabalha no mercado da esquina me ligou, cheguei a tempo e
vou matar vocês logo de uma vez, não farei aquele falatório todo igual John. –falou
Aleph com o dedo no gatilho.
Eles estavam encurralados
e assustados. Nesse mesmo momento, Karoline ainda fugia de Raphael quando
perdeu o controle do carro e bateu em um poste, ela não havia colocado o cinto de
segurança na correria para fugir e por isso, foi arremessada a cem metros do
carro, batendo a cabeça e ficando desacordada. Rapahel parou e desceu do carro,
olhou bem para ela e viu que ela estava morta, não tinha como leva-la para
John. Ele a deixou ali mesmo. Amanda e Mylena tiveram um mal pressentimento,
sentiram o mal que estava acometendo sua irmã.
As pessoas que
moravam ali perto escutaram e viram aquele acidente, logo ligaram para emergência.
Chegaram em alguns minutos e Karoline foi levada ainda com vida ao hospital, mas seu estado era bastante crítico, estava correndo risco de vida. Raphael chegou e falou o que
havia acontecido a John.
- Tudo bem! Ela
teve o que merecia. –foi só isso que ele falou.
Raphael ficou impressionado com sua frieza. Já Aleph, continuava
com a arma apontada para os dois, Priscila estava sem sua arma e não tinha nada
o que fazer naquela hora, ele estava disposto a por um fim neles. Naquele momento
ouviu-se um tiro na casa...
Continua...

Perfeitoooo pena que sempre acaba na melhor parte que tiro foi esse quanto tempo vou ter que esperar para descobrir? Espero que logo
ResponderExcluirEspero que logo também! Agora, ter que esperar sem deduzir é uma verdadeira tortura, então o que resta fazer é deduzir. Será que um dos heróis vai morrer? Mais um?? Acredito que não. Será que o tiro não saiu da arma de Aleph e sim de outra pessoa que surge como um herói? Talvez William ou alguém que não temos nem ideia de quem poderia estar lá nesse momento tão crítico.
ResponderExcluirNão sei se depois da confissão de Karoline, mostrando um lado totalmente diferente ela merece morrer acho que não, ou seja, vilões tem sentimentos e isso é bom de ver, ou melhor de ler... Muita coisa se perderia e John se mostrar frio não era novidade para ninguém, mas mesmo ele sendo tão cruel, ele é inteligente à sua maneira, ele não tem um lado apenas e seria interessante descobrir um lado escondido por trás da maldade e frieza dele. Vocês não concordam? Eu gostaria muito de ver se Karoline tem um acredito que John possa ter também, não é mesmo?