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| Christian e seus pensamentos |
- Priscila, Priscila, Priscila... Eu vou encontra-la! –a voz de Pedro ecoava no sonho da agente Walker.
Ela se acordou assustada, olhou o
relógio eram apenas duas horas da manhã. Já haviam se passado dois meses desde
a morte de Pedro e Joanna, e nesses dois meses todos os dias ela sonhava com
ele. Estava bastante difícil para ela aceitar que ele tinha partido. O agente
Ucker já havia informado a seu chefe da situação sobre o carro-forte que
Christian havia roubado, todos estavam atrás de John e seus capangas.
Nesses dois meses Christian ficou na
chácara, não saiu um dia se quer, nem queria ver ninguém. Ele só queria
organizar seus pensamentos e entender o que realmente estava acontecendo em sua
vida. Amanda depois que saiu do hospital foi para casa de Mylena, ela respeitou
o silêncio dele e o deixou em paz o tempo que precisasse, lá na casa de sua irmã, ela contou tudo o que
aconteceu e contou como era verdadeiramente sua irmã, Karoline.
Naquele dia, a gente Walker pediu
para não ir trabalhar, ela não estava se sentido bem, coisa que era frequente
naquela última semana. Alguém bateu na porta, ela foi até lá com sua arma em
punho, não queria correr o risco de acontecer tudo novo. Quando ela abriu a
porta, era Christian.
- Ah, é você.
- Sim, posso entrar?
- Claro! Entre.
- Obrigado.
- O que você quer?
- Não sei! Só queria conversar, só
queria sair de casa. Não aguentava mais, não poderia ir atrás de Amanda assim.
Estava andando e resolvi parar aqui.
- Eu também não aguento mais, eu
estava apaixonada por ele. Nós tivemos uma noite juntos, apenas isso, sinto que
não vivemos tudo o que tínhamos para viver. –a agente Walker falou com a cabeça
baixa.
- Vocês o que? –Christian perguntou
surpreso.
- Na noite anterior a tudo aquilo,
Pedro e eu passamos a noite aqui juntos.
Em questão de segundos a agente
Walker lembro daqueles últimos momentos com Pedro.
[...] - Quando transpira muito, é bom se hidratar. –brincou a agente. - Vou tomar um banho, já volto.
[...] - Quando transpira muito, é bom se hidratar. –brincou a agente. - Vou tomar um banho, já volto.
Ela foi andando e sumiu em uma das
portas do corredor da casa, alguns segundos depois, ela colocou a cabeça para
fora da porta e falou:
- Você não vem?
Pedro levantou nas pressas correndo
e foi até o banheiro.
- Claro que vou! [...]
Ela deu um sorriso de alegria e ao mesmo
tempo derramava lágrimas. Christian se levantou e deu-lhe um abraço.
- Eu sinto muito,
Priscila. Não sabia de vocês!
- Obrigado!
- Não vou deixar
isso assim, ele queria guerra e agora terá.
- O que você
pensa em fazer?
- Vou atrás dele.
Vou procura-lo em cada canto desse país, em cada canto desse mundo.
- Irei com você!
Vou fazer com que ele pague pelo que fez.
- Mas precisamos
do agente Ucker. Eles são muitos e mesmo você sendo uma agente do FBI não daríamos
conta.
- Você tem razão.
- Christian? O
que você faz aqui? Como você está? –o agente perguntou surpreso.
- Estou bem,
agente. Estou caminhando na verdade.
- Nós precisamos
conversar. –falou a agente Walker.
- O que vocês
querem? –perguntou o agente Ucker.
- Vamos atrás de
John. –Christian respondeu.
- E precisamos de
sua ajuda para isso. –a agente Walker concluiu.
- Vocês estão
loucos? O que vocês pretendem fazer? Matar cada um deles e se safar? Vocês viram o quanto aquele homem é perigoso? –perguntou
o agente Ucker irritado.
- Você quer que
nós fiquemos aqui parados, sem fazer nada, enquanto aquele monstro nos destrói?
Um por um! –gritou Christian.
- Não é isso.
Vocês querem correr um risco sem precisão. Estamos fazendo nosso melhor para capturar eles, você sabe disto Walker.
- Seu melhor não
será o suficiente, precisamos de mais. –Christian rebateu.
- O meu chefe esta
pensando que você cometeu o roubo por estar mancomunado com John.
- Ele pense o que
quiser, agente. Já que não vai nos ajudar, não nos atrapalhe. Se quiser me impedir,
essa é a hora. –Christian falou.
- Não irei
impedir vocês.
- Desculpe,
William. Mas agora tudo isso virou algo pessoal. –falou a agente Walker
deixando seu distintivo em cima da mesa.
- Mas agente... –tentou
indagar alguma coisa o agente Ucker.
- Estarei fora de
serviço por enquanto. Por tanto, não serei agente Walker, mas sim Priscila,
Priscila Walker. –falou isso dando as costas. – Quando sair feche a porta. –concluiu
Priscila e
Christian foram até a casa de Mylena. Christian entrou e ela ficou esperando no
carro, ele cumprimentou Mylena e deu um beijo em sua filha.
- Chris! –falou Amanda
correndo e dando forte abraço nele.
- Como você está? -perguntou Christian preocupado.
- Estou bem, às
vezes ainda dói um pouco, mas vai passar. Que bom que você está melhor e saiu daquela chácara.
- Não estou. Só
estarei quando John pagar. –Christian falou com os olhos cheios de raiva.
- Entendo. –falou
Amanda baixando a cabeça.
- Eu vim aqui me
despedir.
- Como assim?
- Irei atrás de
John, e não sei se voltarei.
- Não, não faça
isso. Ou então me leve com você.
- Isso será
perigoso. Não posso suportar a ideia de você se ferir.
- E eu como fico
se algo acontece a você?
Christian não
soube responder, apenas deu-lhe um beijo e baixinho falou:
- Eu te amo!
Falou isso e a
deixou. Amanda chorava muito e não conseguia aceitar aquela decisão. Ele entrou
no carro e foram embora, Christian dirigiu até sua antiga casa, parou por um
monto, até que viu a vizinha de Joanna brincando com uma menina linda, ele não
tirava o olho dela.
- Aquela é sua
filha, não é? -perguntou Priscila.
- Sim.
- Eu sinto muito
pelo que aconteceu com a mão dela.
- Não sinta. John
quem vai sentir! –falou dando partida no carro e indo embora.
Mais tarde, à
noite, Christian e Priscila estavam na chácara pensando como iriam atrás de
John, eles ouviram passos lá fora, ficaram assustados e em alerta. Abriram a
porta, era Amanda.
- O que você está
fazendo aqui, Amanda? -perguntou Christian.
- Se forem se
sacrificar por uma causa, irei também, eles eram meus amigos, e não adianta você ou qualquer um dizer
que não, porque eu mando em mim e eu irei para onde você for! –ela falou com
convicção do que queria. – Ah, eu também te amo. Amo muito! –concluiu dando um
sorriso.
Ainda estavam
perto da porta quando um homem se aproximou, tentaram ver quem era, mas ele
estava no escuro. Ele foi se aproximando e viram que era o agente Ucker.
- Agente? –perguntou
Prisicila assustada.
- Não, sou
William Ucker. –falou dando uma piscadinha para ela. – Onde estamos? Ou melhor
o que perdi? –concluiu.
Agora o quarteto
estava junto e preparado para a ação. Era hora de ir atrás de John. O lado
vingativo de Christian havia despertado rapidamente.
Continua...

Eitaaaaa que o próximo capítulo vai pegar fogo, quando sai o próximo????
ResponderExcluirPoxa! Por um momento eu achei que ele iria deixar Amanda.Seria meio cruel da parte dele se declarar e partir sem saber se voltaria, é doloroso demais ter que viver com os "e se" das escolhas não escolhidas (ignorem meu pleonasmo, kkk) Melhor declaração da vida! Amanda com essa atitude, mesmo jovem já ciente do que realmente sentia por Christian (ela subiu 75% no meu conceito como personagem querida e "maravigold", sempre torci por eles mesmo)
ResponderExcluirAdorei que os agentes se desprenderam de seus rótulos em nome de uma causa maior quando vidas se perdem no meio do caminho, principalmente se for alguém que amamos não existe mais profissionalismo a questão se torna pessoal como disse Priscilla.
Outra observação é um capítulo em que foca-se apenas nos diálogos e não nos quadros imagéticos o que proporciona uma quebra na linha de narração que faz uma diferença enorme é claro pelo lado bom porque assim os personagens tem mais voz que narrador sendo guias da trama.