segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Busca pt. IX (Os irmãos)



Marco Donald Allen Lewis

Karl Evan Lewis


































           Ainda era noite quando Christian pegou uma roupa e saiu, Amanda ainda estava dormindo, pela manhã ela acordou e não o viu em casa, ela logo pensou que ele havia ido embora, agora de verdade. Christian precisava processar as informações e o que havia descoberto, assim como, processar o que sentia por Amanda.

            Ele foi visitar uma pessoa muito importante para ele, seu avô, Roberto Hill. Já era manhã e a chuva que durou a noite inteira havia cessado. Christian bateu na porta, seu avô veio e abriu.

            - O que você está fazendo aqui? -Perguntou Roberto.

            - Preciso conversar e não há mais ninguém a quem ir. –Christian falou meio triste.

            - Venha, entre meu filho. –Roberto o convidou.

            Começaram a conversar e Christian contou tudo o que estava acontecendo, desde o roubo até a noite com Amanda. Seu avô não falou nada até que concluísse.

            - Eu vi as notícias nos jornais e televisões. Eu vi você. Meu amigo, Jacob Johnson, teria vergonha de você por vários motivos se ele estivesse vivo. Primeiro por você ter deixado sua filha entrar nesse mundo, segundo por você ter deixado ser traído, terceiro por você ter sido descoberto, quarto por ter transado com sua filha, quinto... –Roberto falando foi interrompido por Christian

            - Já sei vô, o senhor vai falar mil motivos que ele ficaria com raiva de mim, mas ele não estar aqui e eu estou e preciso da sua ajuda, não do seu julgamento. –Christian falou.

            - Você sabe mais do que ninguém que somos o senhor do nosso destino, fazemos de nossas vidas aquilo que queremos e cabe a você saber guiá-la agora, são nos momentos difíceis que conseguimos crescer e amadurecer. Assim como a vingança, o rancor nunca é pleno mata a alma aos poucos e a envenena gradativamente, isso é ruim para você. –Roberto falou para Christian.

            - E o que devo fazer com ela? –Christian confuso perguntou.

            - É bem mais fácil se você deixar o passado passar, pois não tem mais volta. Perdão não muda o passado, mas acredito que pode mudar o futuro –Roberto falou.

            - Eu sei disso, sempre soube, mas é difícil você aceitar algumas coisas. –Christian falou.

            Roberto pegou um papel em branco de um caderno e o amassou, fez uma bola com aquele papel, depois desamassou e falou:

Roberto Hill
            - A confiança é igual esse papel, quando amassada nunca volta ao que era antes, mas cabe a nós sabermos lidar com ela desse jeito. Eu não sei, mas talvez ela tenha tido um motivo muito forte para ter feito o que fez.

            Christian entendeu o que seu avô queria dizer, ele queria dizer que o que Amanda fez ficou no passado e que era para ele viver o presente. Talvez ela tivesse um motivo muito forte para fazer o que fez e que ele deveria conversar com ela para saber tais motivos ou então deixar para lá e seguir a vida. Ele deu um forte abraço em seu avô e partiu.

            Naquele mesmo dia ainda pela manhã Donald foi ao encontro de Karl, o que poucos sabiam era que eles eram irmãos, filhos do mesmo pai, mas mães diferentes. Naquele grupo os únicos que sabiam disto eram JC e Christian.

            Donald e Karl eram de uma família de classe média/alta e Karl pagou algumas cadeiras da faculdade com Christian, fazendo com que se conhecessem e virassem colegas de classe. Logo, aquele companheirismo de faculdade virou uma boa amizade. Donald era músico profissional e tocava nas noites, foi assim que conheceu JC e se tornaram bons amigos.

            Karl era ótimo em disfarces, então quando Christian começou a montar seu grupo ele foi logo um dos primeiros a ser convidado. Todos os trabalhos que fazia, Karl era alguém diferente. No trabalho do banco era um pai de família, mas já foi travesti, homossexual, advogado, latino, jogador, juiz, policial, até mesmo mulher, e se saiu ótimo em todos eles.

            Donald conseguia fazer as coisas muito rápido. JC quando o apresentou a Christian, ele logo gostou daquele cara. Foi uma entrada no grupo muito rápida e fácil daqueles irmãos. Eles se davam muito bem e se gostavam muito também.

            Depois do roubo, assim como todos do grupo, eles fugiram juntos, estavam escondidos em uma das casas de Karl. Karl considerava muito Christian e Donald considerava muito JC.

            O agente Ucker estava trabalhando muito nesses dias, ele precisava de uma ajuda, mas ele recusava, queria solucionar esse caso sozinho. Depois seu chefe poderia colocar qualquer um para ajudá-lo. Uma pista, conseguiram a localização de um supermercado que alguém fez uma compra com o cartão de crédito de Donald. O agente Ucker foi até lá investigar, pegou as câmeras e foi observar, percebeu que os dois estavam por aquela redondeza, pois eles apareciam várias vezes nas câmeras.

            Começaram as buscas pelos locais mais próximos, vários policiais, viaturas e o agente Ucker. Dois policiais chegaram na casa onde os irmãos estavam, duas batidas e sem sinal, chamaram e sem sinal novamente, Karl já havia visto eles e havia chamado Donald.

            - Temos que sair daqui, dois policiais estão lá fora. –Karl falou sussurrando.

            - Sim, sim vamos. –Donald respondeu.

            Enquanto estavam indo abaixados, um dos policiais viu a movimentação pela janela, logo gritou para eles pararem, então os dois levantaram e correram. Os policiais dispararam contra eles, mas nenhum dos tiros os atingiu. Os policiais falaram no comunicador onde estavam. O agente Ucker correu logo para lá. Os irmãos chegaram na garagem, Karl entrou primeiro e foi dirigir, Donald depois entrou e falou:

            - Vamos, vamos!!!

            Aquela garagem foi aberta e saíram em alta velocidade. Os policiais correram para a viatura e avisaram aos outros policiais pelo comunicador que os suspeitos estavam fugindo. Aquelas quatro viaturas, cada uma com dois policiais nelas e o agente Ucker em seu carro, estavam na perseguição daqueles dois suspeitos.

            Enquanto Karl e Donald estavam sendo perseguidos pelos policiais, Christian estava voltando para casa, ele queria ter uma conversa com Amanda e saber o que havia acontecido com ela para tomar tal decisão. Christian avistou aqueles carros da polícia em alta velocidade perseguindo um outro carro, mas ele nem percebeu que eram seus amigos.

            Aqueles irmãos estavam sem saída naquela cidade com aqueles policiais cercando eles, não teriam como fugir sem fazer alguma loucura. Em um cruzamento o sinal havia fechado, mas Karl não iria parar, então ele continuou em alta velocidade. Um caminhão estava vindo e Karl não conseguiu desviar, bateu em cheio, uma batida feia. O carro ficou destruído e Karl ficou preso nas ferragens, mas tinha algo vazando, era gasolina, aquele carro iria explodir. Donald com a pancada ficou desnorteado, mas se recuperou logo e foi ajudar seu irmão.

            Naquele momento, os policiais já haviam cercado os rapazes, o agente Ucker desceu do seu carro e foi ajuda-los, não tinha como tirar Karl de lá, ele estava preso naqueles ferros amassados.

            - Venha! –O agente Ucker falou para Donald.

            - Não vou deixar meu irmão aqui! –Donald respondeu com uma lágrima rolando.
           
             O agente puxou Donald rapidamente e o tirou de lá.

            - Irmão!!! –Donald Gritou.

            Karl olhou para seu irmão e sorriu, seu sorriso foi dominado por uma explosão forte, atirando o agente Ucker e Donald para frente.

            - Não! –Donald gritou novamente.

            Não tinha como fazer nada, o carro iria explodir, Karl morreu com a explosão e Donald foi preso. Donald ficou em estado de choque, não parava de chorar. Foi levado então para a prisão.

            Mais tarde, os jornais anunciaram que em uma perseguição um dos suspeitos ao banco foi preso e o outro acabou morrendo em uma batida. Agora só faltavam Christian, Amanda e JC.

            Christian chegou em casa, mas Amanda não estava. Ela tinha ido embora. Não tinha como entrar em contato com ela, e Christian não tinha ideia para onde Amanda tinha ido.

            Amanda sumiu, JC ainda estava escondido, Karl e Matinez haviam morrido, Pedro e Donald presos e Christian estava sozinho agora.

            Já haviam mais de quatro meses que Joanna e Christian não se viam. Naquele mesmo dia Joanna se sentiu mal, assim como ela estava já há alguns meses, então foi levada ao hospital. Chegando lá, ela acabou desmaiando. Alguns exames foram feitos e então depois de alguns minutos desmaiada, ela acordou. O médico que a atendeu ainda estava em seu quarto então ele falou:

            - Parabéns mamãe.

            - Mamãe? Joanna perguntou assustada.

            - Sim, você está grávida de uma linda menina. –O médico respondeu. 






Continua... 












2 comentários:

  1. Morta!! Gravidez,mais uma morte (afinal é uma história de ação), relação entre irmãos, tudo isso entrelaçado de maneira que façam algum sentido e é o que está acontecendo com essa história. Tá muito boa!
    Não fazia ideia que o quadro de relações familiares estão crescendo, agora existe um laço que une Christian e Joanna, será que Amanda vai ser deixada de lado depois que ele souber desse filho? Não estou pensando em desfecho feliz; não sei, nunca se sabe, mas; como vai ter continuação. Então, esperando pela parte 10.
    Já aprendi a jogar paciência para esperar sem me torturar, kkk!
    P. S: Gostaria de saber mais sobre o pai dos irmãos.

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  2. Ufa coração saindo pela boca, essa perseguição foi D++++++++++++ essa história esta´cada dia melhor, caraca vou sentir saudades amando tudo isso meu escritor cada dia se supera.

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