terça-feira, 23 de agosto de 2016

Busca pt. XI (A fraqueza de Christian) -Conclusão

John Cater

          Amanda estava disposta a contar tudo para Christian, ela precisava desabafar e mostrar a ele que ela não era uma pessoa má, muito menos uma traidora. Ela só tinha feito aquilo para proteger todos eles. Ela foi ao encontro dele na chácara.

            Enquanto isso Christian queria encontrar Amanda para poder conversar com ela e esclarecer as coisas, então ele foi atrás de Amanda, ele pensou que ela estaria na casa de sua irmã.

            Como se fosse coisa do destino eles passaram um pelo outro na estrada, só que em caminhos distintos, mas acabaram não se encontrando. Amanda chegou na chácara e Christian não estava, ela então resolveu espera-lo lá mesmo. Christian por sua vez, chegou à casa de Mylena, mas Amanda não estava e já fazia um tempo que ela não aparecia por lá.

            - Posso entrar Mylena? –Perguntou Christian.

            - Claro! Venha, entra. –Respondeu Mylena.

            - Oi meu amor, como você está grande. –Christian falou com a filha de Mylena e pegou ela no colo. –Você tem falado com ela? –Perguntou Christian.

            - Sim, ela sempre liga para mim, mas já faz uns dias que não dá noticias. –Respondeu Mylena.

            - Entendo, Mylena. –Falou Christian.

            - E você como está? –Mylena perguntou.

            - Estou bem, caminhando e louco com tudo isso, mas agora eu preciso ir. Tenho que voltar para casa. –Christian falou se despedindo de Mylena e de sua filha.

            Christian saiu da casa de Mylena, entrou no seu carro e começou a dirigir. O que ele menos esperava era que o agente Ucker tinha deixado alguém vigiando a casa de Mylena 24h para ver se alguém aparecia lá, o agente foi logo informado da presença de Christian naquela casa. Ele não pensou duas vezes, logo saiu do FBI e acionou muitas viaturas para, dessa vez, capturar aquele fugitivo.

            O agente mandou o policial ficar na cola de Christian. O policial foi com seu carro atrás do fugitivo deixando uma distância boa para que ele não notasse. Christian dirigiu por uns 12 km, quando se ouviu um barulho de muitas sirenes, ele olhou pelo retrovisor e contou 12 viaturas, fora o carro do agente Ucker.

            Aquelas viaturas chamavam a atenção de todos que passavam na rua, Christian logo acelerou e foi tentar fugir mais uma vez.

            - Caramba, estou perdido! –Logo pensou Christian.

            Aquelas viaturas estavam cada vez mais perto e Christian cada vez mais cercado. Aquela perseguição foi intensa. Quando Christian olhou para o lado estava o agente Ucker em seu carro olhando para ele fixamente. O agente colocava o carro para cima do de Christian e eles ficavam lado a lado em uma via de mão dupla, o carro de Christian estava na contramão, andaram por uns 100 metros, quando de repente outro carro vem em direção a Christian, ele deu ré. O agente fez a volta rapidamente e foi atrás de Christian. Aquele carro passou, mas logo atrás estava o agente que colocou o carro frente a frente com de Christian. Ele andando de ré e o agente cada vez mais acelerava o seu carro para cima. Ele fez uma manobra rápida e colocou o carro para frente.

            Desta vez estava muito difícil sair da perseguição. Aqueles carros da policia estavam cada vez mais em cima de Christian. Não tinha como ele escapar. Em um ato de loucura Christian correu para um lado da cidade que existiam muitos vales e abismos e todos aqueles carros atrás dele.

            O agente Ucker teve uma ideia, pediu para um dos policias ir atrás de Joanna e trazê-la até onde eles estivessem, o policial foi lá e fez o que o agente pediu. Christian dirigiu até uma parte que eles consideravam o fim da cidade, um abismo enorme.

            Christian parou o carro e ficou dentro por uns minutos, o agente e os policias o cercaram, pararam o carro cerca de uns 10 metros de distância de Christian, o agente e todos os policias desceram, Christian então desceu do carro. Parou em frente ao abismo e olhou para baixo.

            - Acabou, Christian. Agora, acabou mesmo. Não tem como você escapar agora. –Falou o agente Ucker.

            - Agente, não vou me entregar. Você sabe disto. Não serei preso, não escolhi isso para mim. –Christian falou.

            - Você não tem escolha, ou pula ou se entrega. –O agente Ucker falou.

            - Eu escolho pular! –Disse Christian, indo cada vez mais para perto do abismo.

            - Você seria um tolo em fazer isso. –Gritou o agente Ucker.

            - Agente, você já fez alguma escolha errada e depois teve que pagar por ela? –Perguntou Christian.

            - Nós somos responsáveis por nossas escolhas, e temos que pagar por elas. –Respondeu o agente Ucker.

            - Quem nunca se apaixonou pela pessoa errada e sofreu? Mas antes de sofrer, chorou; antes de chorar, pensou; antes pensar, sonhou; antes de sonhar, não se importou; antes de não se importar, sorriu; antes de sorrir, olhou; antes de olhar, não conheceu; antes de não conhecer, viveu... E lá antes de tudo isso, não sofreu, pois ainda não tinha se apaixonado por aquela pessoa, daí você alimenta tudo aquilo e se apaixona. Mas no final não queira colocar o peso de suas escolhas na outra pessoa. Você quem escolheu se apaixonar! –Disse Christian.

            - Escolheu se apaixonar? Acho que sentimento não se escolhe, se sente. –Respondeu o agente Ucker.

            - Mas é claro agente, ninguém escolhe se apaixonar por ninguém, mas aí que estar o x da questão, não escolhemos nos apaixonarmos, entretanto escolhemos alimentar tudo aquilo. Mesmo que não seja recíproco e no final colocamos a culpa no outro por não nos querer tanto como queríamos que ele quisesse. –Falou Christian sorrindo. – Que tantos ‘queria’ em uma única frase.

            - Onde você quer chegar? –Perguntou o agente Ucker.

            - Quero dizer com tudo, que, assim como no sentimento, a aventura de uma vida louca não é nossa escolha e sim aquilo que precisamos. Mas é nossa escolha o que será a aventura dessa vida louca, como no exemplo poderia ser uma paixão, ou uma high line, ou saltar de bang jump, salta de paraquedas, ou pular de um abismo direto para morte, essas são nossas escolhas. –Explicou Christian. - Eu escolhi pular!

            - Não faça isso! Espere! –Falou o agente Ucker

            Quando o agente iria começar a falar, o policial chegou com Joanna. Já fazia tanto tempo que ele não a via.

            - Joanna! –Falou Christian com aquela cara de bobo.

            - O que você pretende fazer? – Perguntou Joanna.

            - Não vou para cadeia, irei pular. – Falou Christian.

            - Mas você não pode fazer isso. – Disse Joanna.

            - Por que não? –Perguntou Christian.

            - Se você pular, e nós como ficamos? –Indagou Joanna.

            - Já faz um tempo que não existe ‘nós’. Você sabe disso. –Respondeu Christian.

            - Não falo de você e eu, mas sim de nossa filha e eu. Eu estou grávida. –Joanna falou.

            Naquele momento o mundo parou diante de Christian, o sonho dele era ter um filho, ele sonhou tanto tempo sendo pai que ficou sem reação. Ele não falou mais nada. Christian se afastou do abismo e se ajoelhou com as mãos na cabeça. O agente Ucker foi até ele e o algemou, então o agente falou.

            - Christian Hill, você está preso suspeito de planejar e participar do roubo ao Banco Central de New York e por participar indiretamente na morte de um agente do FBI. Você tem direito a um advogado, tudo que você disser pode e será usado contra você no tribunal.

            O líder daquele grupo tinha caído por causa de uma mulher, quando Christian passou por Joanna ela fez uma cara deboche para ele. Então ele olhou para ela e falou:

            - Você mentiu, não foi? Você não está grávida.

            - Verdade, eu não estou grávida, mas precisava ir no seu ponto fraco que era um bebê, para assim você se entregar. –Falou Joanna.

            - Meu ponto fraco nunca foi um bebê, sempre foi você. -Christian falou sendo empurrado pelo agente Ucker para o carro.

            Quando entraram no carro, Christian olhou para o agente Ucker e sorrindo, falou:

            - Sem ressentimentos, agente? –Christian falou, referindo-se a briga que tiveram.

            O agente nem respondeu, mas deu sorriso de lado para aquele bom rapaz. Joanna rendeu Christian com uma mentira que era verdade. Christian foi preso sem saber de verdade que seria pai. Algumas horas depois aqueles jornais anunciaram, o líder do grupo que assaltou o Banco Central, foi preso há algumas horas por uma ação da polícia e do FBI.

            Amanda estava na chácara e ficou sem reação, começou a chorar, agora ela estava sozinha de verdade e Christian não soube os reais motivos dela ter traído o grupo. Enquanto todas as atenções estavam voltadas para a prisão de Christian, Amanda decidiu fugir da cidade e foi isso que ela fez, foi embora sem nem se despedir de Mylena de sua sobrinha.

            JC estava ainda em seu esconderijo vendo as notícias e viu que Christian havia sido preso. Alguém, então, bateu a porta. Sem nem falar nada, JC permaneceu sentado na poltrona em frente a televisão, então aquela porta foi aberta aos poucos e uma mulher entrou.

            - Olá JC! Ou devo dizer John Cater?

            - Olá Karoline Cater! Ou devo dizer Karoline Johnson?

            - Oi meu amor, sentiu saudades? –Falou Karoline ironicamente.

            - Eu sabia que você tinha fugindo da cadeia, mas o mais impressionante foi descobrir que você era a irmã mais velha de Amanda! Eu sentia uma energia com aquela garota e mais, ela tinha uns traços e manias que lembravam você. –Disse JC.

            - Você nem foi me visitar lá. Você demorou a descobrir. Mas como conseguiu? –Questionou Karoline.

Karoline Johnson Cater 

            - Claro que não iria te visitar. Mas já faz um tempo, na verdade alguns dias antes do nosso último roubo, Christina me contou a história daquela garota e logo liguei as coisas. Contou como o pai dela o influenciou e o ensinou o muito que ele sabe hoje. Eu era casado com a filha de um dos maiores ladrões dos EUA. Satisfação. Você poderia ter me contado quem ele era. –Falou JC com um tom de ironia.

            - Aquela menina é esperta, muito esperta. Já fazia muito tempo que eu havia fugido da prisão, não aguentei ansiedade de ver meu marido. Então comecei seguir vocês e nem me perceberam. Ou vocês são muito desatentos ou eu sou muito boa. Mas minha irmã era tão esperta que me descobriu. Então tive que ameaça-la e ela fez exatamente o que eu queria. –Karoline falou.

            - É, eu sabia que alguém havia nos entregado, mas nem desconfiava da pequena Amanda. Claro que ela não iria fazer isso com o Christian, teria que ter alguém por trás. Mas o que você deseja comigo? –Falou e perguntou JC.

            - Quero fazer uma parceria, como nos velhos tempos. Tenho planos para nós dois. –Karoline falou com uma cara de alegria.


            JC se interessou por aquela proposta de sua ex-esposa. No final das contas, Karoline era a irmã mais velha de Amanda, a espiã que fez com que ela entregasse todo o grupo e a ex-esposa de JC. Os planos de Karoline envolviam muito dinheiro e muita violência também. 

              No final daquele dia a chuva começou a cair naquela cidade; Amanda já estava bem longe; John Cater e Karoline Cater estavam matando a saudade em uma noite fria; Joanna ficou com um peso na consciência depois do que fez, ainda na casa de sua mãe, foi deitar e chorar para desabafar; o agente Ucker deitou em sua cama, coisa que não fazia a meses, e foi descansar um pouco, mesmo sem prender dois dos suspeitos ele estava satisfeito em ter pego o líder deles; Mylena colocava sua filha para dormir; e Christian estava naquela sela preso, vendo a chuva cair pensando em como se deixou ser enganado por Joanna e lembrando da noite que teve com Amanda, agora ele teria muito tempo para pensa e refletir as suas escolhas. 


Christian preso, olhando a chuva cair naquele dia.

Título: Busca
Autor: Carlos F. Jr.
Revisão: Dáfenes Rodrigues / Carlos F. Jr.
Ilustração: Carlos F. Jr.
Categoria: Ação / Romance / Drama
Local: Recife- PE
Ano: 2016


ELENCO:

WILL SMITH- Christian Hill

PARKER MCKENNA POSEY- Amanda Mendes Johnson

CHRISTOPHER VON UCKERMANN- Agente William Ucker

EDUARDO VERASTEGUI- Gonzalez Martinez

BRANDON ROUTH- Pedro Scott

CHAD MICHAEL MURRAY- Marco Donald Allen Lewis

TOM HARDY- John Cater (JC)

DANIEL RADCLIFFE- Karl Evan Lewis

EVA MENDES- Joanna Hill

TATYANA ALI- Mylena Mendes Johnson

NINA DOBREV- Karoline Johnson Cater

MEGAN BOONE - Melissa Taylor

MARY-KATE OLSEN/ASHLEY FULLER OLSEN- Jamilly Taylor

HENRY CAVILL- Agente Ryan Taylor

ROBERTO GOMES BOLAÑOS- Roberto Hill


ANTHONY HOPKINS- Reverendo Paul Smith

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Busca pt. X (A fraqueza de Christian)

Christian Hill

         Uma semana depois da prisão de Donald, da morte de Karl e da descoberta de Joanna. Amanda ainda estava desaparecida e Christian naquela chácara sozinho.

            Foi difícil para Joanna aceitar sua gravidez naquele momento tão difícil da sua vida. Christian sempre quis ter um filho, mas Joanna estava decidida em não contar para ele. Todos os fugitivos tinham algum motivo para terem entrado no grupo, mas todos eles tinham alguma fraqueza, para pegar o líder deles, o agente Ucker teria que descobrir qual seria.

            Joanna foi para casa de sua mãe que ela não via há muito tempo, mas precisava de alguém nesse momento, alguém importante para ela.

            - Mamãe estou grávida. –Joanna falou já na sala com sua mãe.

            - Grávida? Como assim, minha filha?

            - Sempre fui muito desligada, a senhora sabe, mas estava passando mal alguns meses atrás e nem me importei. Nem passou pela minha cabeça. Tomava alguns remédios para enxaqueca e ia dormir, fui levando até essa semana, quando passei muito mal e fui atendida, lá o médico me confirmou a gravidez. Ele me falou que era uma menina, mas disse que não era certeza. Precisaria de mais alguns exames para confirmar e ver a saúde do bebê e minha também. –Explicou Joanna.

            - E sua barriga? Como você não notou?

            - Mamãe eu estava só em casa, não saia para lugar algum, estava triste, comendo muita besteira, eu acredito que essas coisas engordam. Foi isso que pensei, que estava ficando gorda. –Joanna falou.

            - E como você estar sem ele?

            - Ah, mamãe, está difícil, mas eu supero, já superei uma perda grande uma vez e terei força para superar essa também. –Joanna falou mencionando seu antigo marido que foi assassinado.

            A mãe dela ficou bastante feliz, pois Joanna iria ficar esses dias com ela. Joanna saiu de casa muito cedo para casar, ela tinha apenas dezesseis anos quando foi morar com seu primeiro marido que acabou sendo assassinado por uma colega de trabalho há dezesseis anos atrás. Ela demorou muito para se recuperar, até que encontrou Christian. Agora ela estava disposta a supera-lo também. 

            Desde que aconteceu o roubo, JC ficou escondido no mesmo lugar de sempre. Ninguém conhecia esse lugar, só ele mesmo e sua ex-esposa que ele não via há muitos anos e nem tinha pretensão de vê-la, até porque há alguns anos atrás ela o traiu com outro cara.

            Christian não sabia muito sobre JC, mas desde que se conheceram, em uma das poucas passagens de Christian pela igreja, se tornaram bons amigos. JC era um cara durão, mas ele gostava de ir a igreja fazer umas orações e meditar um pouco.

            Quando Christian resolveu fundar o grupo para fazer roubos ele não queria chamar JC, pois via que aquele cara era bom, ou talvez não. Então Christian fundou o grupo sem seu amigo, mal sabia ele que JC já fazia seus roubos há muito tempo. Quando Christian descobriu, JC foi logo convidado para se juntar a ele, e claro, que JC aceitou e trouxe consigo seus outros companheiros, Martinez e Donald.

            Então, aquele grupo já tinha Pedro, Karl, Amanda e Christian, agora chegaria JC, Martinez e Donald. Foi assim que eles se tronaram um dos maiores e mais eficientes grupos de roubo a bancos de New York. Martinez era o melhor piloto de todos; Donald um cara agiu; Pedro o melhor hacker dos EUA; Karl o mestre dos disfarces; Amanda a mocinha linda que ninguém desconfiava, e tinha uma inteligência comparada ao do pai; JC era o cara durão que colocava ordem na casa e o braço direito de Christian; já Christian, era um líder nato. Mas tudo isso acabou.

            O agente Ucker já estava ficando esgotado de tudo aquilo. Mas ele iria até o final daquela história, por seu amigo, o agente Taylor. Priscila Walker trabalhava no escritório do FBI com o agente Ucker, deu uma ideia que, talvez, mudasse o rumo de toda essa busca.

            - E se nós usássemos a esposa dele para o capturar? –Falou Priscila
           
            - Como assim, agente? –Perguntou o agente Ucker

            - Nós poderíamos colocar nos noticiários que a sua esposa estava muito doente e que está perto de morrer, coisa desse tipo, alguma notícia falsa, assim ele iria até ela para vê-la. Qual homem não gosta de cuidar de sua esposa? –Priscila falou dando um sorriso.

            - A ideia é boa, agente. O que você acha agente Ucker? –Falou o chefe do FBI.

            - Pode dar certo. –O agente Ucker falou.

            - Difícil será convencer a esposa dele a participar disto. –Falou Priscila.

            - Verdade! –Concordou o chefe.

            - Não. Ela não precisa nem saber. Quem estará lá seremos nós, não ela. –Falou o agente Ucker.

            O agente contou a eles como seria, colocariam nos noticiários que Joanna Hill estaria muito doente e assim faria com que Christian fosse até lá, de lá ele seria pego. Então logo fizeram isso, mandaram uma notícia falsa para os noticiários, logo aquele rapaz soube que sua ex-esposa estaria muito doente e em casa. O agente Ucker mandou dois policiais ficarem de olho em Joanna para que ela não contasse nada do plano.

            Christian ficou desesperado e queria correr para vê-la. Ele então pegou o carro e foi até a casa de Joanna, mas ele foi sensato nesse momento e decidiu ficar observando a movimentação antes de qualquer coisa e de longe. Ele poderia descer do carro, ele queria descer daquele carro e ver Joanna, já fazia muito tempo que ele não a via. Mas a casa de Joanna estava tão parada e fora estava muito movimentada, muitas pessoas.

            Os policiais estavam ao redor da casa disfarçados e dentro dela, eles logo viram que um carro havia parado próximo da casa e de repente um homem com um casaco e capuz saiu do carro.

            - Ele chegou. –O agente Ucker falou pelo comunicador. – Não façam nada sem minha ordem. Ele vai entrar e pegamos ele aqui.

            Aquele homem caminha lentamente até a porta daquela casa.

            - Pegamos ele! –O agente Ucker falou. – Agora! Prendam-no!

          Os policiais cercaram aquele homem e o renderam. O agente Ucker o colocou no chão mobilizado e disse:

            - Agora te pegamos cara.

            Quando tiraram o capuz não era Christian, era um homem qualquer.

            - Não é ele. Quem é você? –O agente Ucker falou irritado.  

            - Um rapaz me deu uma grana para usar essa roupa e vir até aqui nessa casa. Eu não sei de nada, eu juro. –Falou aquele homem.

            - Deixem ele ir! –O agente Ucker falou.

            Aquele homem saiu e foi ao encontro de Christian, ele deu um abraço em Christian e falou:

            - Era uma armadilha mesmo, mas como você sabia?

            - A gente aprende a ler tudo, principalmente o nosso redor, mas obrigado meu amigo por mais uma vez quebrar esse galho pra mim. –Christian falou.

            Aquele homem era um bom amigo de Christian, um de muitos que ele fez nessa vida. Christian então voltou e foi para chácara. Ele percebeu que ainda se preocupava muito com Joanna e essa seria uma fraqueza que seus inimigos e os policiais poderiam usar contra ele.

            Desde que o grupo foi fundado alguém os observava, seguia os passos deles e esse alguém conhecia bem cada um deles, principalmente Amanda e JC. Amanda era uma boa observadora e logo percebeu essa pessoa seguindo eles. Mas ela acabou mexendo com a pessoa erra, assim que Amanda descobriu esse espião, ela teve que ficar calada, pois foi ameaçada e mais, o espião fez com que ela entregasse todo o grupo as autoridades, incluindo ela mesma, ou então ela mataria todos do grupo começando por Christian.

            Depois de ter sumido daquela chácara, Amanda entrou em contato e foi ao encontro do espião, lá começaram uma conversa.

            - Olá minha linda. Muito obrigado por ter feito o que eu lhe pedi. –Falou aquele espião.

            - Eu fiz o que você mandou, você não pediu nada, me ameaçou. Não vou fazer mais nada. Por sua causa eu fiquei sendo a traidora e todos os meus amigos estão mortos ou presos. E se não fosse por causa de Christian eu também estaria lá. Deixe-o em paz agora. -Amanda falou.

            - Claro que o deixarei em paz, foi nosso trato, não foi? Você dedurava seus amigos ou eu mataria todos eles. Agora não quero mais nada de você e lembre-se, nada de contar a ninguém sobre nossos contatos ou então eu voltarei. –Aquele espião ameaçou novamente Amanda .  

            - Você se tornou um monstro! –Amanda falou.

            - Se você tivesse passado metade do que passei você nem abriria a boca para falar essa besteira. –Falou aquele espião.

            - Não sei, nem me importo. Adeus! –Amanda se despediu.

            - Fazia tanto tempo que seguia os passos de vocês e vocês nem notavam. Tolos!!! –Falou aquele espião.

            Amanda não falou nada, só deu as costas e foi embora daquele lugar.






Continua... 

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Busca pt. IX (Os irmãos)



Marco Donald Allen Lewis

Karl Evan Lewis


































           Ainda era noite quando Christian pegou uma roupa e saiu, Amanda ainda estava dormindo, pela manhã ela acordou e não o viu em casa, ela logo pensou que ele havia ido embora, agora de verdade. Christian precisava processar as informações e o que havia descoberto, assim como, processar o que sentia por Amanda.

            Ele foi visitar uma pessoa muito importante para ele, seu avô, Roberto Hill. Já era manhã e a chuva que durou a noite inteira havia cessado. Christian bateu na porta, seu avô veio e abriu.

            - O que você está fazendo aqui? -Perguntou Roberto.

            - Preciso conversar e não há mais ninguém a quem ir. –Christian falou meio triste.

            - Venha, entre meu filho. –Roberto o convidou.

            Começaram a conversar e Christian contou tudo o que estava acontecendo, desde o roubo até a noite com Amanda. Seu avô não falou nada até que concluísse.

            - Eu vi as notícias nos jornais e televisões. Eu vi você. Meu amigo, Jacob Johnson, teria vergonha de você por vários motivos se ele estivesse vivo. Primeiro por você ter deixado sua filha entrar nesse mundo, segundo por você ter deixado ser traído, terceiro por você ter sido descoberto, quarto por ter transado com sua filha, quinto... –Roberto falando foi interrompido por Christian

            - Já sei vô, o senhor vai falar mil motivos que ele ficaria com raiva de mim, mas ele não estar aqui e eu estou e preciso da sua ajuda, não do seu julgamento. –Christian falou.

            - Você sabe mais do que ninguém que somos o senhor do nosso destino, fazemos de nossas vidas aquilo que queremos e cabe a você saber guiá-la agora, são nos momentos difíceis que conseguimos crescer e amadurecer. Assim como a vingança, o rancor nunca é pleno mata a alma aos poucos e a envenena gradativamente, isso é ruim para você. –Roberto falou para Christian.

            - E o que devo fazer com ela? –Christian confuso perguntou.

            - É bem mais fácil se você deixar o passado passar, pois não tem mais volta. Perdão não muda o passado, mas acredito que pode mudar o futuro –Roberto falou.

            - Eu sei disso, sempre soube, mas é difícil você aceitar algumas coisas. –Christian falou.

            Roberto pegou um papel em branco de um caderno e o amassou, fez uma bola com aquele papel, depois desamassou e falou:

Roberto Hill
            - A confiança é igual esse papel, quando amassada nunca volta ao que era antes, mas cabe a nós sabermos lidar com ela desse jeito. Eu não sei, mas talvez ela tenha tido um motivo muito forte para ter feito o que fez.

            Christian entendeu o que seu avô queria dizer, ele queria dizer que o que Amanda fez ficou no passado e que era para ele viver o presente. Talvez ela tivesse um motivo muito forte para fazer o que fez e que ele deveria conversar com ela para saber tais motivos ou então deixar para lá e seguir a vida. Ele deu um forte abraço em seu avô e partiu.

            Naquele mesmo dia ainda pela manhã Donald foi ao encontro de Karl, o que poucos sabiam era que eles eram irmãos, filhos do mesmo pai, mas mães diferentes. Naquele grupo os únicos que sabiam disto eram JC e Christian.

            Donald e Karl eram de uma família de classe média/alta e Karl pagou algumas cadeiras da faculdade com Christian, fazendo com que se conhecessem e virassem colegas de classe. Logo, aquele companheirismo de faculdade virou uma boa amizade. Donald era músico profissional e tocava nas noites, foi assim que conheceu JC e se tornaram bons amigos.

            Karl era ótimo em disfarces, então quando Christian começou a montar seu grupo ele foi logo um dos primeiros a ser convidado. Todos os trabalhos que fazia, Karl era alguém diferente. No trabalho do banco era um pai de família, mas já foi travesti, homossexual, advogado, latino, jogador, juiz, policial, até mesmo mulher, e se saiu ótimo em todos eles.

            Donald conseguia fazer as coisas muito rápido. JC quando o apresentou a Christian, ele logo gostou daquele cara. Foi uma entrada no grupo muito rápida e fácil daqueles irmãos. Eles se davam muito bem e se gostavam muito também.

            Depois do roubo, assim como todos do grupo, eles fugiram juntos, estavam escondidos em uma das casas de Karl. Karl considerava muito Christian e Donald considerava muito JC.

            O agente Ucker estava trabalhando muito nesses dias, ele precisava de uma ajuda, mas ele recusava, queria solucionar esse caso sozinho. Depois seu chefe poderia colocar qualquer um para ajudá-lo. Uma pista, conseguiram a localização de um supermercado que alguém fez uma compra com o cartão de crédito de Donald. O agente Ucker foi até lá investigar, pegou as câmeras e foi observar, percebeu que os dois estavam por aquela redondeza, pois eles apareciam várias vezes nas câmeras.

            Começaram as buscas pelos locais mais próximos, vários policiais, viaturas e o agente Ucker. Dois policiais chegaram na casa onde os irmãos estavam, duas batidas e sem sinal, chamaram e sem sinal novamente, Karl já havia visto eles e havia chamado Donald.

            - Temos que sair daqui, dois policiais estão lá fora. –Karl falou sussurrando.

            - Sim, sim vamos. –Donald respondeu.

            Enquanto estavam indo abaixados, um dos policiais viu a movimentação pela janela, logo gritou para eles pararem, então os dois levantaram e correram. Os policiais dispararam contra eles, mas nenhum dos tiros os atingiu. Os policiais falaram no comunicador onde estavam. O agente Ucker correu logo para lá. Os irmãos chegaram na garagem, Karl entrou primeiro e foi dirigir, Donald depois entrou e falou:

            - Vamos, vamos!!!

            Aquela garagem foi aberta e saíram em alta velocidade. Os policiais correram para a viatura e avisaram aos outros policiais pelo comunicador que os suspeitos estavam fugindo. Aquelas quatro viaturas, cada uma com dois policiais nelas e o agente Ucker em seu carro, estavam na perseguição daqueles dois suspeitos.

            Enquanto Karl e Donald estavam sendo perseguidos pelos policiais, Christian estava voltando para casa, ele queria ter uma conversa com Amanda e saber o que havia acontecido com ela para tomar tal decisão. Christian avistou aqueles carros da polícia em alta velocidade perseguindo um outro carro, mas ele nem percebeu que eram seus amigos.

            Aqueles irmãos estavam sem saída naquela cidade com aqueles policiais cercando eles, não teriam como fugir sem fazer alguma loucura. Em um cruzamento o sinal havia fechado, mas Karl não iria parar, então ele continuou em alta velocidade. Um caminhão estava vindo e Karl não conseguiu desviar, bateu em cheio, uma batida feia. O carro ficou destruído e Karl ficou preso nas ferragens, mas tinha algo vazando, era gasolina, aquele carro iria explodir. Donald com a pancada ficou desnorteado, mas se recuperou logo e foi ajudar seu irmão.

            Naquele momento, os policiais já haviam cercado os rapazes, o agente Ucker desceu do seu carro e foi ajuda-los, não tinha como tirar Karl de lá, ele estava preso naqueles ferros amassados.

            - Venha! –O agente Ucker falou para Donald.

            - Não vou deixar meu irmão aqui! –Donald respondeu com uma lágrima rolando.
           
             O agente puxou Donald rapidamente e o tirou de lá.

            - Irmão!!! –Donald Gritou.

            Karl olhou para seu irmão e sorriu, seu sorriso foi dominado por uma explosão forte, atirando o agente Ucker e Donald para frente.

            - Não! –Donald gritou novamente.

            Não tinha como fazer nada, o carro iria explodir, Karl morreu com a explosão e Donald foi preso. Donald ficou em estado de choque, não parava de chorar. Foi levado então para a prisão.

            Mais tarde, os jornais anunciaram que em uma perseguição um dos suspeitos ao banco foi preso e o outro acabou morrendo em uma batida. Agora só faltavam Christian, Amanda e JC.

            Christian chegou em casa, mas Amanda não estava. Ela tinha ido embora. Não tinha como entrar em contato com ela, e Christian não tinha ideia para onde Amanda tinha ido.

            Amanda sumiu, JC ainda estava escondido, Karl e Matinez haviam morrido, Pedro e Donald presos e Christian estava sozinho agora.

            Já haviam mais de quatro meses que Joanna e Christian não se viam. Naquele mesmo dia Joanna se sentiu mal, assim como ela estava já há alguns meses, então foi levada ao hospital. Chegando lá, ela acabou desmaiando. Alguns exames foram feitos e então depois de alguns minutos desmaiada, ela acordou. O médico que a atendeu ainda estava em seu quarto então ele falou:

            - Parabéns mamãe.

            - Mamãe? Joanna perguntou assustada.

            - Sim, você está grávida de uma linda menina. –O médico respondeu. 






Continua...