segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Busca II pt. VI (Juntos novamente)

Aleph Garcia

Raphael King


































          Os agentes Walker e Ucker estavam trabalhando arduamente naquele dia, depois de ter soltado Christian e Pedro, estavam esperando Christian ir atrás de Amanda e naquele mesmo dia começarem os trabalhos. Pedro estava em casa descansando um pouco e conversando com Tereza, eles tinham muitas coisas para conversar.

            Já era perto das duas horas quando Aleph e Raphael comandaram mais um daqueles assaltos, agora ao Banco New York Prime, um banco que tinha uma fortuna em dinheiro. Mas como os outros dois roubos, não levaram nada mais uma vez, entretanto, o banco ficou totalmente destruído, como os outros, aquele banco também não iria funcionar por um bom tempo.

            Os agentes e a polícia foram até lá, mas dessa vez não houveram mortes, só alguns feridos. Quando chegaram, mas uma vez, os responsáveis não estavam. Já eram três roubos sem a menor ideia de o que eles queriam, o entendimento do que estaria acontecendo não vinha e cada vez mais esse caso ficava mais complicado.

            Enquanto tudo isso acontecia, Christian estava em uma enrascada difícil de sair. Alias, para ele não seria tão difícil assim.

            - Olá meu amigo! Quanto tempo, não é? –Harry falou com um sarcasmo no rosto. – Pequena Amanda, isso não é com você, não tem nada a ver com você, pode passar, como falei, eu devo muito ao seu pai. Mas Christian não passará, não com vida, não dessa vez!

            - Harry, Harry! O que você está fazendo aqui? Eu jurava que você estava no México. Não foi para lá que você fugiu ou eu estou enganado? –Christian perguntou a Harry com um tom de ironia. 

            - Não estou entendendo nada, rapazes. –Amanda falou.

            - Você pode contar a ela ou conto eu, sem problema algum. –Christian fez a proposta a Harry.

            Harry permaneceu calado naquele momento.

            - Tudo bem, este homem que diz ser amigo do seu pai, na verdade é um mercenário muito sedento por dinheiro e que o abandonou para ir atrás de fortunas no México. Quando ele diz que é grato a seu pai, ele está falando a verdade, ele fez muito por este homem, pena que ele não fez o mesmo por seu pai. –contou Christian.

            - Já chega, Christian! –Harry interrompeu. – Sou mercenário mesmo, gosto de dinheiro e nunca neguei isso, nem para você, nem para o Jacob. Você sabe o que me deve e, portanto, dessa vez, não sairá sem me pagar.

            - Como vou te pagar? Acabei de sair da prisão. –Christian respondeu.

            - O que você deve para ele, Chris? –Amanda perguntou.

            - Não o que, mas quanto? –Respondeu Christian sem saber o que fazer.
           
            - E aí Christian, como vai ser? –perguntou Harry.

            - Já sei! –Christian falou surpreso. - Venha comigo!

            Christian levou Harry e seus capangas até a frente daquela casa. Lá estava o carro que ele havia vindo pegar Amanda.

            - Está vendo Harry? Este carro vale o triplo do que te devo. Pode ficar com ele e assim minha dívida estará encerrada com você. –Christian falou apontando para o carro.

            Harry olhou bem para o carro e balançou a cabeça.

            - Você me conhece, Christian. Não aceito pagamento se não for dinheiro.

            - Por favor, Harry! Aceite, só dessa vez! –implorou Amanda.

            Ele silenciou por um instante, deu as costas e andou devagar, parou um pouco a frente e ainda de costas falou:

            - Farei isso por você, Amanda. E Christian, estamos quites, dessa vez!

            - A propósito, Harry, já que estamos quites, você poderia me emprestar o carro que acabei de lhe dar, não tenho como voltar. –Christian falou sem jeito.

            - Cala a boca, Chris! –Amanda falou dando uma cotovelada nele.

            - O que? Pode dar certo. –Christian falou baixinho para Amanda.

            - Não queira abusar Christian! –Harry falou entrando com seus capangas.

            - Harry, muito obrigada por tudo! –gritou Amanda.

            Harry apenas sorriu para ela e fechou a porta. Agora, Christian e Amanda tinham que arrumar um jeito de voltar. Ele ligou para Pedro e pediu para ele o buscar. Enquanto esperava, Christian explicou tudo o que estava acontecendo para Amanda, o acordo com o agente, o pedido a Donald e sua negação e a aceitação de Pedro. No final ele concluiu:

            - Para você eu posso ser sincero, meu avô foi assassinado...

            - Ah, que pena, eu sinto muito. –Amanda interrompeu Christian.

            - Obrigado, eu fiz esse acordo com o agente Ucker de sair e ter imunidade para ajudar ele a prender JC, mas também sai para procurar o assassino de meu avô. Claro que aproveitei para livrar vocês da prisão e perseguição.

            - Entendo, estou nessa com você. Você sabe! –Amanda como sempre do lado dele.

            - Às vezes eu quero tudo o que sonhei, mas às vezes o que eu quero é desistir e descansar e viver uma vida normal e ser normal. –Christian falou um tanto tristonho.

            - Eu entendo, mas uma vez uma pessoa me falou que quando atravessamos uma determinada linha, não tem como voltar e aí devemos arcar com as consequências, talvez, para sempre. –ela falou se referindo a uma conversa que tiveram no passado, onde ele falou essa mesma coisa a ela.

            Christian sorriu e Amanda o deu um abraço bem forte, alguns minutos depois Pedro chegou, deu dois beijos em Amanda e um abraço forte. Christian foi se explicar a respeito do carro, mas Pedro não quis ouvir.

            - Aconteceu outro roubo! –Pedro falou serio.

            - Como assim? Quando? –Christian perguntou surpreso.

            - Hoje! Quase agora. Precisamos trabalhar muito. As coisas estão fora de controle.

            Foram conversando no caminho, chegaram os três a sede do FBI, lá os agentes Ucker e Walker estavam esperando eles.

            - Olá Amanda, difícil lhe encontrar, hein? –ironizou o agente Ucker.

            - Tento fazer o meu melhor! –falou Amanda sarcástica e dando uma piscada para o agente.

            - Não é hora disso! –a agente Walker falou.

            - Verdade, temos muito trabalho para fazer. –o agente Ucker concluiu.

            Aquele quinteto foi até uma sala especial e começaram a discutir o que poderia estar acontecendo nesses assaltos.

            - Temos uma certeza,  JC e Karoline estão por trás desses roubos. –falou Amanda.

            - Karoline? Quem é essa? –Pedro perguntou.

            - Karoline é minha irmã mais velha, ela é a ex-esposa de JC, acredito que nessas alturas eles já voltaram. –explicou Amanda. - Ela me ameaçou assim que fugiu da prisão, dizendo que iria matar todos nós, então me obrigou a entregar todos do grupo.

            - Então era você quem me escrevia aqueles bilhetes? E fazia as ligações? –perguntou o agente Ucker surpreso. 

            - Sim! –Amanda respondeu.

            O agente Ucker pegou os dados de Karoline e disse que os papeis diziam que ela estava morta, mas Amanda negou tudo isso, Então, provas e mais provas foram se juntando. Passaram o resto daquele dia lá trabalhando, Pedro no computador buscava pistas daquilo que os assaltantes queriam. Christian já tinha uma suspeita, mas preferiu não falar por não ter certeza ainda. 

            No dia seguinte foram para casa descansar um pouco, antes de sair do prédio do FBI mais um chamado, agora foi para o Banco Center, mais um assalto, novamente a mando de Karoline e John, e mais uma vez, comandando por Aleph e Raphael. Dessa vez tiveram cinco mortes de civis que estavam no banco, incluindo a do gerente de lá, enquanto os agentes atendiam ao chamado, Christian, Amanda e Pedro continuaram lá, desistiram de ir para casa, eles precisavam resolver esse mistério.

            Eram quatro roubos em menos de um mês, aparentemente sem levarem nada, mas destruindo todo o banco. Passaram aquela manhã toda lá, quando estava perto do meio dia os agentes voltaram, nenhuma pista novamente, enquanto isso Pedro estava calado no computador juntando as pistas. Depois de muito tempo ele levantou.

            - Já sei.

            - O que você sabe, Pedro? –perguntou o agente Ucker.

            - É algo simples. Como alguém vai roubar e não rouba nada? É simples, eles pensam em algo maior. Tiram a atenção do principal fazendo pequenas coisas. –concluiu Pedro.

            - Verdade, já fizemos muito isso. Mas o que seria o maior? –Christian falou.

            - Temos que descobrir o que esses bancos tem em comum. –a agente Walker falou.

            - Não precisa, agente, eu já descobri. –Pedro respondeu.

            - Já? O que é? –todos perguntaram.

            - Eles tem os mesmos donos, mesmos administradores. Os bancos New York Good,  New Life, New York Prime e Banco Center são praticamente os mesmos. –concluiu Pedro.

            - Pedro, você é um gênio. Como não pensei nisso, eu já estava desconfiando de tudo. Eles estão usando um dos planos de seu pai, Amanda. Roubam os bancos do mesmo donos fazendo com que o carro forte não tenha pra onde ir, então todo o dinheiro de todos esses bancos ficam lá, eles iriam pegar o dinheiro dos quatro bancos em um roubo só, agora de verdade. –falou Christian.

            - Então o que temos que fazer é só descobrir onde o carro forte irá ou estará! –concluiu o agente Ucker.

            - Não se preocupem, já fiz isso. –Pedro falou sorrindo.

            Todos naquela sala ficaram surpresos com o potencial de Pedro em descobrir esse plano, ele foi à cabeça principal deixando Christian com bastante orgulho. O plano de JC e Karoline foi descoberto, agora era a hora de tentar impedir a ação final.


            - Vocês saíram no lucro com nossas cabeças pensando para vocês! –Christian falou sorrindo e brincando com os agentes.  





Continua...



2 comentários:

  1. Tenho algumas ressalvas a fazer do contexto geral da história, mas, vamos por parte, mais em específico, essa parte em questão. O segredo do grupo foi revelado isso é bom, ninguém esperava por um assalto ao carro forte, pelo menos, eu não esperava.
    Em seguida a relação de Harry e Christian ainda estar muito obscura para mim. Por que ele pediu dinheiro a ele se ele trabalhava com o pai de Amanda? Para quem ele usou esse dinheiro? Para fugir ou para mandar para Joanna, não sei há muitas possibilidades.
    Outra questão: será que Christian terá coragem de se vingar? Acho ele tão "perfeito" que não acredito que ele faça algo para vingar a morte do seu avô.
    Agora, é só aguardar e ver o que irá acontecer.

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  2. Estava eu e Rita Souza conversando sobre uma análise psicológica dos personagens e nos deparamos com algumas questões, tais como: Só porque Christian é herói não quer dizer que ele seja perfeito. Só porque Amanda foi obrigada a trair quer dizer que ela não trai? Sem falar em Joanna que não suportou uma "mentira" de Christian e não aceitou ele como é realmente. Estamos sentindo falta dos conflitos internos dos personagens seus desejos, suas falhas, suas vontades reprimidas, precisamos de mais. É claro que a busca e o foco da mesma é em acabar com o grupo de JC, mas, não acha que conflitos internos são válidos para externizar o conflito maior como se os pequenos conflitos levassem a uma causa maior.
    É apenas uma sugestão. Não queremos que a história acabe tão cedo.

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