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| Robert Smith |
Robert
era um cara bem carismático e um homem bem feliz com sua vida. Por onde ele
passava deixava boas vibrações e fazia com que o ambiente ficasse mais
positivo. Ele trabalhava em uma empresa de computação há mais de dois anos e
morava com sua namorada Joanna Miller de apenas 16 anos e por quem ele tinha um
amor gigantesco. Robert era bem realizado em seu trabalho e muito bem sucedido
financeiramente.
- Bom dia amor, vamos levantar que hoje é domingo e nós vamos passear um pouco.
Hoje o café da manhã é por minha conta.
-Robert falou levantando e indo até a cozinha preparar o café da manhã.
Ovos
com bacon e uma xícara de café bem quente. Naquele domingo ensolarado Robert
iria levar Joanna ao shopping, era dia de compras e de se divertir um pouco,
pois as semanas dele no trabalho estavam muito corridas, cansativas e,
consequentemente, estressantes. Logo aquele domingo passou, e na segunda-feira
todo aquele trabalho recomeçou.
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| Joanna Miller, casa com Robert |
- Robert, sei o quanto você está sobrecarregado com o trabalho, por isso
resolvi contratar uma pessoa para lhe ajudar. Ela é bem experiente no que faz e
vai contribuir muito a essa empresa. Assim, você não precisará resolver tudo
sozinho.
Robert agradeceu e ficou muito feliz, pois ele estava muito estressado por
conta do trabalho que estava aos montes. O patrão dele falou que o mais tardar
em duas semanas seu novo companheiro de trabalho chegaria. As duas semanas se
passaram e em uma segunda-feira, seu novo companheiro chegou, ou melhor, sua
nova companheira, era uma moça jovem, bonita, com olhos escuros e uma simpatia
invejável. Ela chegou à empresa com o patrão de Robert e a secretaria do mesmo.
Então um aperto de mão aconteceu.
- Olá, meu nome é Karoline Cater.
- Oi, o meu é Robert Smith.
Aquela jovem moça logo no primeiro
contato chamou muito a atenção de Robert, mas aquele rapaz não esboçou nada
daquilo que se passava em sua cabeça. Os dias
iam se passando e com eles os trabalhos aumentavam cada vez mais, mas com duas
pessoas fazendo tudo aquilo, não ficava carregado para nenhum dos lados. Assim,
o trabalho ia muito bem, os dois tiveram um entrosamento bem legal.
Cada dia que passava Robert ia conhecendo mais aquela jovem moça. Ela era casada
a mais de 3 anos com um rapaz chamado John Cater, não tinha filhos e eles eram
um casal bem unido, assim como Robert e Joanna. Eles eram bem conhecidos em seu
bairro por serem pessoas caridosas a ponto de toda semana irem às ruas oferecerem
comida, roupas e coisas que melhorassem a vida daquelas pessoas que moravam nas
ruas.
Mesmo assim, aqueles jovens companheiros de trabalho não conseguiam disfarçar
seu envolvimento pessoal. Seus olhares, suas brincadeiras, sorrisos, faziam com
que as outras pessoas daquela empresa falassem deles e especulassem que existia
algo entre eles. Mas como não existia nada de fato, eles sempre negavam.
Entretanto, existia algo em Robert que Karoline admirava bastante, seu sorriso espontâneo,
seu olhar sincero, entre tantas outras coisas. Nela existia algo que ele se encantava, mas o mesmo não consegui descobrir o que era. Mesmo com tudo
isso, eles não assumiam nada, nem para eles mesmo.
Em uma noite, o trabalho do dia
inteiro foi muito, fazendo com eles ficassem até mais tarde. Naquela noite,
fizeram mais do que só trabalhar. Riram, brincaram, conversaram e colocaram a
limpo aquilo que eles sentiam, ou pelo menos achavam que sentiam. Mesmo estando
sozinhos, nada aconteceu, pois reconheciam que seus casamentos valiam mais que
uma noite de aventura e mais que um sentimento passageiro.
Alguns meses se passaram depois
daquela noite nada havia mudado entre eles. Então patrão chamou os dois em sua
sala.
- Robert e Karoline esse fim de semana teremos um congresso internacional e eu
queria que vocês fossem nos representar.
- Mas porque você não vai? Estamos com tanta coisa para fazer aqui essa semana.
-questionou Robert calmamente.
- Não poderei ir, pois hoje irei fazer uma viagem a negócios e só vou voltar na
próxima semana. Então, não queria deixar esse congresso sem um de nós e confio
plenamente m vocês dois. Posso contar com vocês?
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| Karoline Cater |
Chegou sexta-feira a noite e eles foram para o aeroporto fazer a viagem. O
local do congresso era em uma praia bem conhecida, chegaram em 3h ao seu destino.
Dois quartos no hotel, pagos pela empresa e assim passaram a noite. No sábado,
dia do congresso, Robert levantou bem cedo e foi, como de costume, se
exercitar. Karoline acordou perto das 9h da manhã e foi tomar o café da manhã
naquele hotel belíssimo. Aproveitaram aquele dia meio que distante, mas a noite
chegou, foram então ao congresso. Era um congresso internacional, mas
particular, poucas empresas discutindo o que mais de novo existia no mercado e
como cada umas delas estavam trabalhando.
No fim daquele congresso, os dois foram conversar um pouco naquela praia tão
linda. Robert notou que Karoline estava meio cabisbaixa desde que pegaram o
voo. Ele perguntou a ela:
- O que está acontecendo Karoline? Você não está bem!
Ela então respondeu olhando para o mar e sorrindo, tentando deixar para trás
seus problemas:
- De fato
não estou bem, mas não quero falar sobre isso. Vamos aproveitar nossa estadia
nesse lugar maravilho e curtir a noite.
A noite estava caminhando muito animada, algumas doses de whisky, muita
conversa, muitas verdades sendo ditas e indiretas a todo momento.
Uma noite junto ao mar, as ondas vinham de encontro à praia e
aquele luar tão excitante. Os olhares se cruzaram e o clima ficou mais sério.
Então em um dado instante os desejos que tanto suplicavam foram atendidos, um
beijo aconteceu.
Subiram rapidamente para um dos quartos
e beijos e mais beijos. Não disseram uma palavra, só viveram aquele momento. As
roupas iam sendo tiradas tão rápidas e a noite cada vez mais quente. Os
suspiros em falsetes, os olhos revirando, o cabelo bagunçado de tanto ser
puxado, o desejo sendo saciado e aquela noite foi tão intensa e tão prazerosa
que os dois nem disfarçavam aquele sorriso maroto estampado em seus rostos. No
fim, duas canecas de vinho e dois cigarros, ela vestida com a blusa dele toda
amarrotada e um silêncio profundo naquele quarto. Dormiram ali mesmo juntos.
Era domingo, depois daquela noite maravilhosa, chegou a hora de voltarem para
casa e para seus amores. Na viagem que durou 3h, da mesma forma da vinda,
Karoline revelou que estava passando por uma crise no casamento e que achava
que não iria continuar com seu marido. Ela ainda revelou que estava apaixonada
por Robert e que não foi por causa da noite, mas por esses meses de trabalho,
de conversa e que cada vez estava ficando mais difícil esconder tal sentimento.
Robert falou que sentia algo por ela também, mas que não podia estragar seu
casamento assim. Ela falou que entendia a situação e que não iria forçar nada.
Chegaram a seu destino, cada um para seu lado. Chegando em casa, Robert deu um
forte abraço em Joanna e olhou bem no fundo dos olhos dela e disse que a amava.
Ela retribuiu dizendo o mesmo. Sorrindo e abraçados, foram deitar e assistir um
pouco, aproveitar o resto daquele domingo.
Karoline chegou em casa, John não estava. Ela passou o domingo inteiro sozinha.
Ali no sofá mesmo adormeceu. Pela manhã, já era segunda-feira, John estava no
quarto, quando ela o acordou e disse que queria falar com ele. Uma briga
começou naquela casa, gritos e mais gritos. Então, Karoline falou chorando:
- John, não estou aguentando mais. Quero ir embora. Quero me separar.
- Como você pode fazer isso comigo, Karoline? Caramba, eu te dei tanto amor e
sempre fui um cara sincero com você. Uma briga e você quer ir embora?
- Não é só por isso John... Já fazem mais de um mês que estamos vivendo em um
inferno. -Karoline fala com expressão de tristeza.
- E o que tem mais Karoline? Todos brigam e passam por dificuldade. -John falou
indo em direção a Karoline.
Ela não quis continuar com aquela briga, mas a discussão só piorava. Karoline
chorava bastante e em um ato impensante falou:
- Eu estou apaixonada por outro cara e nós ficamos nessa viagem!
John silenciou por um instante.
- Quem foi ele? –perguntou com a
cabeça baixa.
- Foi um colega de trabalho.
- Que quero saber o nome dele! –John
falou gritando.
-Robert!
- Você tinha razão, pode ir embora.
–John falou dando as costas para Karoline e indo tomar um banho.
Nessa manhã, Karoline chegou um pouco atrasa
ao trabalho, Robert já estava lá. Ela chegou sem falar nada, só começou a
trabalhar. Em um dado momento perto do intervalo para o almoço a recepcionista
fala que tem um homem procurando por Robert, ele vai foi a recepção e lá estava
John. Robert fala:
- Pois não senhor?
- Você que é Robert? –John pergunta olhando bem para ele.
Robert responde dizendo que sim, naquele momento John tira uma arma e
aponta para Robert. A recepcionista corre gritando, pedindo socorro, os
companheiros de trabalho e Karoline vão até os dois. Ela então fala:
- John não faça isso!
- Como você teve coragem de fazer isso comigo? Um cara que você mal conhece,
não sabe nem de onde veio e você... –a raiva de John era perceptível ao falar.
Robert pergunta o que ele estava fazendo e porque ele estava ali
o ameaçando. Ela respondeu dizendo que ele sabia de tudo. Robert ficou
sem reação e baixou a cabeça. Naquele momento sem pensar, John puxa o gatilho,
ali mesmo com a arma bem perto de Robert, por algum motivo a arma falha, o disparo
não acontece. Em um movimento rápido Robert puxa o braço de John o imobilizando
no chão e em um ato de proteção começa a esmurrar aquele rapaz, Robert estava
se sentindo ameaçado e por isso não parava de da murros fortes no rosto de
John, ele já estava desacordado de tantos murros e se ele continuasse John
acabaria morrendo. Quando se ouve um tiro. Um silêncio se fez presente e a
surpresa, Karoline havia disparado o tiro à queima roupa em Robert, ele morreu
na hora. Naquela altura a polícia já havia sido chamada e tinha acabado de
chegar à empresa.
Karoline foi presa indiciada e condenada por homicídio, mas como foi em defesa
de seu marido pegou uma pena de 25 anos de cadeia em regime fechado. John foi
indiciado por porte ilegal de arma e por tentativa de homicídio, foi condenado
nos dois e pegou 15 anos de prisão. Os crimes dos dois eram inafiançáveis.
Robert morreu na mesma hora do disparo sem nem ter tempo de lutar por sua vida
e morto por aquela que se dizia apaixonada por ele. De fato ninguém nunca vai
conhecer verdadeiramente ninguém. Joanna recebeu a notícia e ficou muito
abalada, perplexa com a forma que seu namorado havia sido assassinado. Ela não
ficou sabendo do caso de Robert e Karoline, para ela, ele morreu como o melhor
cara do mundo. Ela demorou muitos anos para superar tal perda, criando uma
barreia psicológica, deixando seu passado para trás, só assim ela conseguiu
seguir, sem nunca falar sobre o que havia acontecido. Ela passou muitos anos
sem se envolver com ninguém, até conhecer Christian Hill.
Algumas pessoas nunca mudam, já outras, mudam o bastante para seguirem em
frente. Outras mudam para pior. John passou 10 anos na prisão saiu mais cedo
por bom comportamento, quando em um dia qualquer na igreja conheceu Christian,
foi aí que sua vida mudou, ele agora era JC. Com alguns anos de presa Karoline
sofreu muito na prisão, era violentada por suas companheiras de cela e por
alguns guardas corruptos. Não durou muito para se tornar um monstro. Fez
amizade com um dos guardas e trocou alguns prazeres carnais por uma fuga
facilitada. Ninguém da família dela foi visita-la na prisão nesses anos.
Mais especificamente depois 16 anos e
7 meses de prisão, aquele guarda com quem Karoline estava se envolvendo trouxe
algo para ela, ele injetou nela e ela morreu na cela, ou melhor, ela ficou em
estado de coma profundo. Ele já havia combinado com alguns médicos para que
eles confirmassem o laudo.
O corpo foi levado e horas depois
aquela mulher estava livre e melhor ainda sem ninguém a perseguir. Aquele
guarda queria algo a mais com Karoline, mas aquela mulher havia se tonado um
monstro, acabou matando aquele guarda e ninguém nunca encontrou seu corpo, ela
o dissolveu no ácido. Depois que estava livre Karoline foi atrás de suas irmãs,
Amanda e Mylena, de John. Quando então descobriu todo o grupo liderado por
Christian.
O que nem Karoline, nem John sabiam
ainda, era que a ex-esposa de Christian era Joanna Miller, a também viúva de
Robert. Mas quando eles descobrirem as coisas irão mudar.
Continua...




O interessante de ler nessa parte é que uma história que pareciam totalmente introdutória e que as ligações viriam ao longo da história foi esclarecido de uma única vez, bem direto, objetivo, sem rodeio é melhor assim porque o leitor não precisa inferir tanto para tentar resgatar pistas.
ResponderExcluirAs informações novas são bem relevantes e deixam a história mais fluída, metaforicamente falando, é claro.
O bom de agregar outros textos a um novo texto é deixar seu estilo e marca é óbvio que nenhum texto é neutro que a voz do autor fica presente querendo ou não porque nenhum discurso é neutro e a principal função é passar a mensagem e construir sentidos para quem ler alimentando a vontade de querer ler mais e mais.
Sem deixar de lado a sua maneira de mostrar a aventura desse grupo "meio torto", porém, tão aceito mesmo com suas falhas em relação às suas ações.