terça-feira, 25 de outubro de 2016

Busca II pt. IV (Reencontro)

        


         Amanda estava na cidade vizinha ainda escondida, mas estava com pessoas confiáveis, pessoas que serviram seu pai e que trabalharam por muitos anos com e para Christian. O que ninguém sabia era que Christian e Amanda tinham uma linha secreta para se comunicarem se caso eles se separassem ou um deles fosse preso. Era o meio que Christian iria usar para encontra-la se caso o agente Ucker aceitasse a sua proposta.

            O tempo estava passando, cedo ou tarde, talvez, Karoline e John iriam realizar mais roubos e com toda certeza mais mortes iriam acontecer. Depois daquela conversa entre Christian e o agente Ucker, eles não se falaram por algumas horas, o agente usou esse momento para pensar e refletir sobre aquilo. Ele queria fazer o certo, mas estava com medo, então foi pedir a ajuda de sua parceira para tomar a decisão. Ele contou o que estava acontecendo a agente Walker e pediu sua opinião.

            - É uma escolha difícil, mas correr risco é o que fazemos todos os dias. Sei que não tem como termos a certeza do que eles irão fazer. Mas acho que toda ajuda será bem vida, temos que correr esse risco. –a agente Walker falou.

            - Você tem razão agente! Já tomei minha decisão. –respondeu o agente Ucker olhando para a porta.

            O agente Ucker caminhou lentamente até a janela naquele prédio olhou para o horizonte e pegou um copo de água, tomou rapidamente, pegou o telefone e ligou para seu chefe e fez um pedido, no termino daquela ligação, saiu, foi até o presídio onde Christian estava. Aquele pedido foi a imunidade que Christian exigiu no acordo.

            - Vou precisar de você e toda ajuda é necessária nesse momento. Terei que confiar em você. –o agente Ucker falou segurando a grade daquela cela. – Mas você quem irá conversar com seus amigos e pedir a eles para participarem disso tudo.

            - Claro, irei falar com cada um deles e iremos procurar Amanda. –respondeu Christian pegando suas coisas para sair daquela prisão.

            - Acho muito difícil, passamos muito tempo tentando encontrar aquela menina e até agora nada de seu paradeiro. 

            Christian apenas olhou para ele e sorriu. Naquele momento a agente Walker chegou com um papel e entregou ao agente Ucker, era a imunidade para eles. Ele saiu e foi conversar com o diretor do presídio, minutos depois Christian foi solto. Ainda naquele mesmo lugar, Christian trocou de roupa e foi conversar com os seus parceiros. Primeiro foi à vez de Pedro, Christian foi até a área de visita e começaram uma conversa.

            - Christian? O que você está fazendo aqui?

            - Olá Pedro, quanto tempo não conversamos? Como você está?

            - Estou bem. Sinto falta da gente e dos nossos trabalhos. –Pedro respondeu sorrindo.

            - Eu vim aqui para conversar com você, quero te fazer uma proposta.

            - Proposta? Estou ouvindo.

            - Que tal sair daqui e ter uma vida livre novamente?

            - Como seria possível isso?

            - Isso eu já resolvi, só tem uma condição.

            - Qual seria, Christian?

            - Mudarmos o lado.

            - Como assim? Não entendi. Poderia explicar melhor?

            - Eu fiz um acordo com o agente Ucker para ajudar a prender JC e sua gangue que estão realizando roubos e cometendo muitas mortes como consequência desses roubos.

            - Mas esses roubos não são aqueles que não levaram nada? –Pedro interrompeu a fala de Christian e indagou.

            - Isso mesmo Pedro, esse é o problema. Quem vai roubar e sai sem levar nada, só faz destruir o local?

            - Estou entendo. –Pedro respondeu balançando a cabeça.

            - Então fiz isso. Pedi para o agente nos livrar da prisão e nos dá imunidade, e em troca iríamos ajuda-lo a pegar JC e essa gangue. E aí? Topa?

            - Quando você fala a gente, seria quem especificamente?

            - Eu, você, Donald e Amanda. Mas claro que iríamos trabalhar com os agentes e com o FBI.

            Pedro parou por um momento e ficou pensando naquilo que foi dito por Christian.

            - Eu aceito, Christian!

            - Então, corra para pegar suas coisas, vamos embora agora daqui!

            - Mas já? –Pedro perguntou surpreso e feliz ao mesmo tempo.

            - Sim, meu amigo.

            Pedro foi rapidamente até a cela e pegou o livro que estava lendo, então veio ao encontro de Christian. Christian deu uma roupa para Pedro tirar aquela farda do presido. Minutos depois trouxeram Donald. Christian deu um forte abraço em seu amigo e ainda em pé falou:

            - Desde tudo, não tivemos a oportunidade de conversamos. Cara, eu sinto muito, muito mesmo por sua perca. Karl era um bom amigo e sei que apesar da distância de vocês, ele era um bom irmão.

            Donald não falou nada, só balançou a cabeça agradecendo. Eles então sentaram.

            - Como é bom ver você, Christian. Bom ver que você está bem.

            - Obrigado, é muito bom te ver também, cara. Melhor ainda é poder falar com você. Mas meu tempo é curto aqui, vim porque quero te fazer um pedido.

            - Claro, pode falar.

            - Acredito que você ouviu falar dos roubos de JC.

            - Claro que ouvi! Aquele cara não muda. –sorrindo Donald respondeu.

            - Então, fiz um acordo com o agente Ucker para ele nos deixar sair e em troca ajudaríamos ele a pegar JC.

            - Você fez o que? Como pôde fazer, isso Christian? –irritado Donald perguntou.

            - Era preciso, Donald. JC não é mais o mesmo, ele mata pessoas e não somos assim, nunca fomos. Você está dentro?

            - Não posso fazer isso, não com ele. Eu devo muito da minha vida a ele e não o trairia. Alias, eu devo muito a você também, mas isso seria uma traição. Não posso, de verdade.

            - Mas Donald, pensa na tua liberdade, pensa que você pode ficar lá fora novamente, buscar teus sonhos e realizações novamente.

            - Eu sou um homem de palavra, eu tenho meu caráter e minhas regras de vida e isso não faz parte dela. Não trairia um amigo por dinheiro, ou por liberdade. Não insista, porque se fosse ao contrario eu não aceitaria também. Se JC estivesse no seu lugar me pedido para ajudar a te pegar, eu não iria aceitar da mesma forma. Obrigado pela oferta, mas minha resposta é não. –Donald respondeu se levantando e indo embora.

            Christian não falou mais nada, só se retirou. Então, o plano ainda estava de pé, só que sem Donald. Agora era hora de encontrar Amanda. Christian e Pedro saíram daquele presídio e se separaram para cada um ir a sua casa. Pedro chegou em casa, tocou a campainha, Tereza abriu a porta, olhou bem para ele e caiu em lágrimas. Pedro deu-lhe um abraço forte.

            - Você falou que só iria passar alguns dias. Já faz mais de um ano. –Tereza falou ainda abraçada com Pedro.

            - Ah, querida. Tive que prolongar minha estadia, mas agora estou de volta e não pretendo sair e demorar tanto mais. Onde estão meus pais? 

            - Estão trabalhando, meu filho. Venha, entre vou prepara um chocolate quente para você.

            Pedro sorriu e entrou em casa. Tereza estava tão feliz com a volta de Pedro que não conseguia esconder aquele sorriso sincero em seu rosto. Christian foi até a casa de Joanna, mas só ficou observando de longe. Passou alguns minutos lá e saiu, foi até a chácara que ele passou uns dias com Amanda. Tudo estava ainda igual àquela noite. A lembrança veio à tona, a lembrança daquela noite tão especial. Mas o tempo estava passando era hora de ir atrás de Amanda.

            Christian ligou para a linha confidencial deles, um homem atendeu. Ele perguntou onde Amanda estava, aquele homem que era um dos que já trabalhou para Christian falou que ela não aparecia em casa já a uns três dias, mas que ela fazia isso sempre e que logo estaria de volta. Ele falou que iria até lá. Arrumou um carro com Pedro, já que os pais dele tinham tantos em sua garagem e foi até onde Amanda estaria. Chegando lá, todos que estavam presentes o cumprimentaram. Um deles o levou até o quarto de Amanda, ele entrou ficou um tempo lá. Saiu mexendo nas coisas dela, sentindo seu cheiro naquele quarto, a nostalgia bateu.


            Ele sentou na cama dela, deitou, passou uns minutos lá e levantou, existia um quadro com uma foto deles na cômoda ao lado da cama. Ele olhou fixamente e sorriu, a ansiedade tomava conta dele. Depois de quase duas horas naquele quarto Amanda chegou, ela foi até lá e ficou parada na porta olhando para Christian. Ele estava de costas em frente aquela cômoda, quando ele virou Amanda estava lá em pé o olhando fixamente. Ficaram parados por alguns minutos se olhando, fazia tanto tempo que eles não se viam que a felicidade tomava conta deles e os olhares brilhavam com tanta intensidade. 





Continua...

3 comentários:

  1. Sempre cortando na melhor parte. Reencontro clássico de um filme americano o que é muiti porque o clássico nunca perde seu valor e seu charme implícito. Acho que descrever as cenas detalhe por detalhe muito válido, não sei se mencionei isso, porque além de deixar o texto mais rico envolve muito mais que uma mera descrição de ambiente, é uma experiência entre quadros imagéticos nos quais faz a realização da leitura fluída com direito a altos e baixos, sem falar nas descrições de sentimentos que envolve cada quadro como se estivéssemos no filme ou talvez num seriado... sei que a analogia é bem "provável" de ser lógica, portanto, estamos no aguardo do próximo episódio, ou melhor, capítulo.

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  2. Eu já devia está acostumada, ele sempre corta na melhor parte, tu não tem noção de como é complicada essa palavra "continua..." por um lado é triste deixa você irritada, pois na hora do reencontro você corta e deixa sempre esse gostinho de quero mais, e por outro lado é alegre pois ela nos faz acreditar que vem coisa melhor por ai, " e sempre vem" parabéns Carlos cada dia fica melhor você é um ótimo escritor, cada dia mais encantada com sua capacidade de deixar a historia rica de detalhes. bjus que venha o próximo capitulo

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