sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Busca II pt. II (O pedido)

       
Christian conversando com o agente Ucker
        - Já estamos prontos para colocarmos em prática nosso plano! –falou Karoline para John naquele início de dia. John só balançou a cabeça positivamente e levantou.

            Haviam se passado cinco dias desde a morte do avô de Christian. Karoline e John iriam pôr em ação o plano milionário deles, planejaram com calma e bem detalhado. Ao longo desse tempo, eles recrutaram pessoas para ajudarem em seus roubos, algumas dessas, muito violentas e que não hesitaria se preciso matar, Rapha é um deles.

             - Amanhã colocaremos nosso plano em prática! –John falou a Karoline enquanto eles tomavam o café da manhã.

            - Já estava na hora. –Karoline respondeu.

            O dia foi passando e os detalhes finais foram acertados por John e Karoline, cabeças do grupo. Sendo assim, aquele dia chegou ao fim. No dia seguinte todos foram fazer sua parte para que o plano acontecesse bem.

            Cinco homens encapuzados estavam dentro de uma van que parou em frente ao Banco New York Good, aqueles homens desceram armados e entraram no banco, assim que eles entraram, o motorista da van foi embora e os deixou lá. Atiraram para cima para destruir aquele banco, um dos seguranças reagiu e atirou em direção aos bandidos, aquelas pessoas que estavam presentes lá começaram a correr e sair.
           
            Um dos bandidos correu para perto do cofre, tirou uma granada e jogou. Logo aquela granada explodiu e destruiu boa parte daquele banco. Aqueles cinco bandidos correram para fora, para terminar de destruí-lo. Mais duas granadas foram atiradas na entrada, a explosão foi gigantesca.

            Naquele momento a polícia já havia sido acionada, os agentes Ucker e Walker estavam a caminho. Ao chegarem lá, os cinco bandidos já haviam ido embora e o banco estava destruído, ninguém saiu ferido, mas aquele banco não funcionaria nos próximos meses.

            Os agentes e os policiais não entenderam aquela ação, pois os bandidos não levaram nada, absolutamente nada. Enquanto isso aqueles cinco bandidos, estavam chegando ao esconderijo de John e Karoline.

            - Muito bem, rapazes. Já vi a reportagem no jornal. A primeira parte do nosso plano foi concluída com sucesso. –John falou quando aqueles homens chegaram.

            - Já estou ansioso para a segunda parte! –um dos homens falou empolgado.

            - Tenha calma meu caro Aleph, tudo no seu tempo. –respondeu John.

      - Agora vamos esperar para segunda parte desse nosso plano. Por hora, estão todos dispensados. –Karoline concluiu aquela conversa.

            Naquele banco onde ocorreu o suposto assalto, os policiais e os agentes estavam tentando desvendar o que havia acontecido ali. Mas não conseguiram. Três dias se passaram desde o ocorrido e o agente Ucker não conseguia digerir aquilo, ele resolveu ir conversar com Christian a respeito do que estava acontecendo.

            - Olá Christian! Como você está? –perguntou o agente Ucker.

            - Estou bem, agente. Obrigado. –Christian respondeu sentado em sua cama. – O que o agente deseja? –questionou Christian.

            - Estou enlouquecendo, mais uma vez. E acredito que você pode me ajudar. –falou o agente Ucker.

            - É sobre o roubo de alguns dias atrás? –indagou Christian.

            - Sim, mas como você sabe desse roubo? –respondeu, e curioso perguntou o agente Ucker.

          - Querido agente, um assalto sem levarem nada, só a destruição do banco? As histórias correm. –respondeu Christian.

            - Para você o que aconteceu? –perguntou o agente Ucker.

            - O problema de vocês policias é que vocês pensam só como policiais. Vocês tem que pensar além, fora da caixa. –respondeu Christian. – Ninguém rouba sem querer nada, mesmo que ele não leve algo material, mas por trás alguma coisa tem. E eu já sei o que eles querem e pensam. –concluiu Christian dando um sorriso.

            - Você sabe? O que querem? –o agente Ucker falou surpreso.

            - Claro que sim. –respondeu Christian.

            - Então fala logo. –falou o agente Ucker segurando com as duas mãos nas grades da cela.

            Christian viu ali uma oportunidade de sair da prisão e ir atrás do assassino de seu avô, sem contar que ele queria livrar Amanda de ser perseguida. Então ele falou ao agente:

            - Tudo nessa vida é troca de favor, dar e receber.

            - O que você quer dizer com isso? –o agente Ucker perguntou tirando as mãos das grades e se afastando da cela.

            - Eu sou um ladrão e penso como ladrão, vocês são policiais e pensam como policiais, mas existem alguns casos que vocês tem que pensar como ladrões. Entretanto, para vocês é muito difícil. Então faremos uma troca de favores, eu penso para vocês e vocês me deixam sair. –respondeu Christian sorrindo. – A propósito, como anda  a investigação do meu avô? –concluiu Christian.

            - Então é para isso que você quer sair? Para ir atrás de quem fez isso com ele? Você não é lei e não é Deus. E não precisamos de você para nada, não sei porque vim até aqui falar com você. -respondeu o agente Ucker dando as costas e se retirando.

            Enquanto o agente ia saindo Christian gritou:

            - Fiquem atentos que esse foi só o primeiro!

            O agente não deu atenção e saiu. O domingo chegou ao fim e na segunda-feira as 7:00h da manhã um alerta de roubo faz com que os agentes Ucker e Walker vão correndo para o Banco New Life. Ao chegarem lá, a mesma coisa do assalto anterior, o banco destruído e, mais uma vez, aqueles assaltantes não levaram nada. Mas dessa vez duas pessoas ficaram feridas e o gerente daquele banco acabou morrendo atingindo com a granada.

            As coisas estavam ficando cada vez mais complicadas e agora pessoas estavam se ferindo e morrendo, dois roubos em menos de uma semana a dois grandes bancos da cidade. A destruição desse banco foi pior que a do anterior, mas como antes, aquele banco não iria funcionar nos próximos meses.

            Depois daquela conversa, o agente Ucker falou a respeito do pedido de Christian ao seu chefe, que na mesma hora sorriu e disse que isso era loucura e estava fora de cogitação. Mas o agente estava pensando em reavaliar o pedido, porque as coisas estavam ficando complicadas. Duas pessoas feridas e uma morte, isso não poderia continuar.

            Mais uma vez o agente foi para casa e ficou pensando naqueles roubos e no que Christian havia falado. Como ele sabia que iria acontecer outro? Será que ele sabe mesmo o que os bandidos estão querendo? Eram coisas que ele passou a noite pensando. No dia seguinte ele chegou mais cedo na prisão e foi falar com Christian.

            - Como você sabia que iria acontecer outro roubo? Como você sabe o que eles querem? Você é o mandante disso tudo? –o agente Ucker fez essas acusações irritado com Christian.

            - Como pode ser eu, agente? Estou preso. –respondeu Christian calmamente, e ironicamente concluiu: - Estou na maior prisão da cidade, não poderia ser eu. Mas bem que eu avisei, não foi? –no termino da frase Christian piscou o olho esquerdo para o agente e deu-lhe um sorriso.

            O agente Ucker saiu de lá bastante irritado. Não tinha como, mas eles precisariam da ajuda daquele ladrão. Já passava das 10:00h da manhã quando o agente Ucker foi mais uma vez conversar com seu chefe. Ele explicou que as coisas estavam fora de controle e que querendo ou não precisariam de alguma ajuda. Depois de quase duas horas de conversa foi aceito a ajuda de Christian por parte do FBI. Mas o chefe do agente Ucker deixou bem claro que aquela atitude seria exclusivamente responsabilidade dele, não do FBI, o agente concordou. Seu chefe deu então carta branca para que o agente resolvesse esse caso.

            Naquele mesmo dia o agente foi mais calmo falar com Christian.

            - Tudo certo, as trocas de favores serão concedidas.  –falou o agente já com a chave da cela na mão.

            Christian sorriu.

            - A primeira oferta se inspirou, agente. Agora é uma nova oferta, uma nova troca e um novo favor. Escute bem, pois irei falar só uma vez e se não for desse jeito não existirá acordo entre nós. Eu quero sair daqui ainda hoje, mas só irei trabalhar se for com minha equipe, que por sinal, dois também estão presos aqui. Uma delas está por aí sozinha fugindo da sua policia, da sua lei. Eu quero trabalhar com Donald, Pedro e Amanda. Ou isso ou nada. Ah, mais um detalhe, tudo isso só acontecerá se todos nós recebermos imunidade do seu governo. Ou seja, nada de perseguição com nenhum de nós, principalmente Amanda que ainda está lá fora. Então é isso, pense logo e responda logo, pois não haverá outro acordo.

            Depois das palavras de Christian, o agente ficou olhando fixamente para ele sem tirar o olhar daquele cara que talvez quisesse se aproveitar da situação, mas que ele também precisaria da ajuda. Era uma escolha difícil, quatro ladrões nas ruas novamente, sem nenhuma garantia.

            - Qual a garantia que vou ter que vocês iram fazer o combinado? –questionou o agente.

            - Não terá! –Christian respondeu com seriedade. 






Continua...

2 comentários:

  1. A mania de acabar na melhor parte sempre acontece quem ler já devia estar acostumado, mas, para ser sincera, não consigo. Isso é fato! Achei que Christian iria fugir ao invés de fazer uma proposta ao agente, isso prova que mesmo sendo "impulsivo" ele tem total consciência dos seus o que faz dele um personagem interessante e de certa forma digno (diria até de boa alma, como sabemos que ele tem) um herói mal compreendido para ser mais exata.
    Deixar os leitores curiosos é muito bom, espero que não demore para sair a próxima parte! Quero saber de Amanda para onde ela foi? Como será o reencontro dela com Christian? É possível nada ter mudado entre eles? Espero que sim!

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  2. Eitaaaa que th cada dia melhor, cada dia mais apaixonada por Christian ele é o cara, parabéns essa negociação foi fantástica, só um detalhe acho que sou polícia, pois não consigo pensar como ladrão, anciosa para o próximo capítulo preciso descobri como pensa um ladrão, coloca uma foto de Rafael .

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