segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Busca II pt. VI (Juntos novamente)

Aleph Garcia

Raphael King


































          Os agentes Walker e Ucker estavam trabalhando arduamente naquele dia, depois de ter soltado Christian e Pedro, estavam esperando Christian ir atrás de Amanda e naquele mesmo dia começarem os trabalhos. Pedro estava em casa descansando um pouco e conversando com Tereza, eles tinham muitas coisas para conversar.

            Já era perto das duas horas quando Aleph e Raphael comandaram mais um daqueles assaltos, agora ao Banco New York Prime, um banco que tinha uma fortuna em dinheiro. Mas como os outros dois roubos, não levaram nada mais uma vez, entretanto, o banco ficou totalmente destruído, como os outros, aquele banco também não iria funcionar por um bom tempo.

            Os agentes e a polícia foram até lá, mas dessa vez não houveram mortes, só alguns feridos. Quando chegaram, mas uma vez, os responsáveis não estavam. Já eram três roubos sem a menor ideia de o que eles queriam, o entendimento do que estaria acontecendo não vinha e cada vez mais esse caso ficava mais complicado.

            Enquanto tudo isso acontecia, Christian estava em uma enrascada difícil de sair. Alias, para ele não seria tão difícil assim.

            - Olá meu amigo! Quanto tempo, não é? –Harry falou com um sarcasmo no rosto. – Pequena Amanda, isso não é com você, não tem nada a ver com você, pode passar, como falei, eu devo muito ao seu pai. Mas Christian não passará, não com vida, não dessa vez!

            - Harry, Harry! O que você está fazendo aqui? Eu jurava que você estava no México. Não foi para lá que você fugiu ou eu estou enganado? –Christian perguntou a Harry com um tom de ironia. 

            - Não estou entendendo nada, rapazes. –Amanda falou.

            - Você pode contar a ela ou conto eu, sem problema algum. –Christian fez a proposta a Harry.

            Harry permaneceu calado naquele momento.

            - Tudo bem, este homem que diz ser amigo do seu pai, na verdade é um mercenário muito sedento por dinheiro e que o abandonou para ir atrás de fortunas no México. Quando ele diz que é grato a seu pai, ele está falando a verdade, ele fez muito por este homem, pena que ele não fez o mesmo por seu pai. –contou Christian.

            - Já chega, Christian! –Harry interrompeu. – Sou mercenário mesmo, gosto de dinheiro e nunca neguei isso, nem para você, nem para o Jacob. Você sabe o que me deve e, portanto, dessa vez, não sairá sem me pagar.

            - Como vou te pagar? Acabei de sair da prisão. –Christian respondeu.

            - O que você deve para ele, Chris? –Amanda perguntou.

            - Não o que, mas quanto? –Respondeu Christian sem saber o que fazer.
           
            - E aí Christian, como vai ser? –perguntou Harry.

            - Já sei! –Christian falou surpreso. - Venha comigo!

            Christian levou Harry e seus capangas até a frente daquela casa. Lá estava o carro que ele havia vindo pegar Amanda.

            - Está vendo Harry? Este carro vale o triplo do que te devo. Pode ficar com ele e assim minha dívida estará encerrada com você. –Christian falou apontando para o carro.

            Harry olhou bem para o carro e balançou a cabeça.

            - Você me conhece, Christian. Não aceito pagamento se não for dinheiro.

            - Por favor, Harry! Aceite, só dessa vez! –implorou Amanda.

            Ele silenciou por um instante, deu as costas e andou devagar, parou um pouco a frente e ainda de costas falou:

            - Farei isso por você, Amanda. E Christian, estamos quites, dessa vez!

            - A propósito, Harry, já que estamos quites, você poderia me emprestar o carro que acabei de lhe dar, não tenho como voltar. –Christian falou sem jeito.

            - Cala a boca, Chris! –Amanda falou dando uma cotovelada nele.

            - O que? Pode dar certo. –Christian falou baixinho para Amanda.

            - Não queira abusar Christian! –Harry falou entrando com seus capangas.

            - Harry, muito obrigada por tudo! –gritou Amanda.

            Harry apenas sorriu para ela e fechou a porta. Agora, Christian e Amanda tinham que arrumar um jeito de voltar. Ele ligou para Pedro e pediu para ele o buscar. Enquanto esperava, Christian explicou tudo o que estava acontecendo para Amanda, o acordo com o agente, o pedido a Donald e sua negação e a aceitação de Pedro. No final ele concluiu:

            - Para você eu posso ser sincero, meu avô foi assassinado...

            - Ah, que pena, eu sinto muito. –Amanda interrompeu Christian.

            - Obrigado, eu fiz esse acordo com o agente Ucker de sair e ter imunidade para ajudar ele a prender JC, mas também sai para procurar o assassino de meu avô. Claro que aproveitei para livrar vocês da prisão e perseguição.

            - Entendo, estou nessa com você. Você sabe! –Amanda como sempre do lado dele.

            - Às vezes eu quero tudo o que sonhei, mas às vezes o que eu quero é desistir e descansar e viver uma vida normal e ser normal. –Christian falou um tanto tristonho.

            - Eu entendo, mas uma vez uma pessoa me falou que quando atravessamos uma determinada linha, não tem como voltar e aí devemos arcar com as consequências, talvez, para sempre. –ela falou se referindo a uma conversa que tiveram no passado, onde ele falou essa mesma coisa a ela.

            Christian sorriu e Amanda o deu um abraço bem forte, alguns minutos depois Pedro chegou, deu dois beijos em Amanda e um abraço forte. Christian foi se explicar a respeito do carro, mas Pedro não quis ouvir.

            - Aconteceu outro roubo! –Pedro falou serio.

            - Como assim? Quando? –Christian perguntou surpreso.

            - Hoje! Quase agora. Precisamos trabalhar muito. As coisas estão fora de controle.

            Foram conversando no caminho, chegaram os três a sede do FBI, lá os agentes Ucker e Walker estavam esperando eles.

            - Olá Amanda, difícil lhe encontrar, hein? –ironizou o agente Ucker.

            - Tento fazer o meu melhor! –falou Amanda sarcástica e dando uma piscada para o agente.

            - Não é hora disso! –a agente Walker falou.

            - Verdade, temos muito trabalho para fazer. –o agente Ucker concluiu.

            Aquele quinteto foi até uma sala especial e começaram a discutir o que poderia estar acontecendo nesses assaltos.

            - Temos uma certeza,  JC e Karoline estão por trás desses roubos. –falou Amanda.

            - Karoline? Quem é essa? –Pedro perguntou.

            - Karoline é minha irmã mais velha, ela é a ex-esposa de JC, acredito que nessas alturas eles já voltaram. –explicou Amanda. - Ela me ameaçou assim que fugiu da prisão, dizendo que iria matar todos nós, então me obrigou a entregar todos do grupo.

            - Então era você quem me escrevia aqueles bilhetes? E fazia as ligações? –perguntou o agente Ucker surpreso. 

            - Sim! –Amanda respondeu.

            O agente Ucker pegou os dados de Karoline e disse que os papeis diziam que ela estava morta, mas Amanda negou tudo isso, Então, provas e mais provas foram se juntando. Passaram o resto daquele dia lá trabalhando, Pedro no computador buscava pistas daquilo que os assaltantes queriam. Christian já tinha uma suspeita, mas preferiu não falar por não ter certeza ainda. 

            No dia seguinte foram para casa descansar um pouco, antes de sair do prédio do FBI mais um chamado, agora foi para o Banco Center, mais um assalto, novamente a mando de Karoline e John, e mais uma vez, comandando por Aleph e Raphael. Dessa vez tiveram cinco mortes de civis que estavam no banco, incluindo a do gerente de lá, enquanto os agentes atendiam ao chamado, Christian, Amanda e Pedro continuaram lá, desistiram de ir para casa, eles precisavam resolver esse mistério.

            Eram quatro roubos em menos de um mês, aparentemente sem levarem nada, mas destruindo todo o banco. Passaram aquela manhã toda lá, quando estava perto do meio dia os agentes voltaram, nenhuma pista novamente, enquanto isso Pedro estava calado no computador juntando as pistas. Depois de muito tempo ele levantou.

            - Já sei.

            - O que você sabe, Pedro? –perguntou o agente Ucker.

            - É algo simples. Como alguém vai roubar e não rouba nada? É simples, eles pensam em algo maior. Tiram a atenção do principal fazendo pequenas coisas. –concluiu Pedro.

            - Verdade, já fizemos muito isso. Mas o que seria o maior? –Christian falou.

            - Temos que descobrir o que esses bancos tem em comum. –a agente Walker falou.

            - Não precisa, agente, eu já descobri. –Pedro respondeu.

            - Já? O que é? –todos perguntaram.

            - Eles tem os mesmos donos, mesmos administradores. Os bancos New York Good,  New Life, New York Prime e Banco Center são praticamente os mesmos. –concluiu Pedro.

            - Pedro, você é um gênio. Como não pensei nisso, eu já estava desconfiando de tudo. Eles estão usando um dos planos de seu pai, Amanda. Roubam os bancos do mesmo donos fazendo com que o carro forte não tenha pra onde ir, então todo o dinheiro de todos esses bancos ficam lá, eles iriam pegar o dinheiro dos quatro bancos em um roubo só, agora de verdade. –falou Christian.

            - Então o que temos que fazer é só descobrir onde o carro forte irá ou estará! –concluiu o agente Ucker.

            - Não se preocupem, já fiz isso. –Pedro falou sorrindo.

            Todos naquela sala ficaram surpresos com o potencial de Pedro em descobrir esse plano, ele foi à cabeça principal deixando Christian com bastante orgulho. O plano de JC e Karoline foi descoberto, agora era a hora de tentar impedir a ação final.


            - Vocês saíram no lucro com nossas cabeças pensando para vocês! –Christian falou sorrindo e brincando com os agentes.  





Continua...



sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Busca II pt. V (Um novo amigo)

Harry Johnson
            - Amanda, se eu for preso ou morrer você precisará se cuidar, tem um lugar, pessoas que trabalharam para seu pai e trabalharam para mim também por muito tempo. Se você chegar lá e dizer de quem é filha, você será tratada como uma rainha. –Christian falou isso há um ano quando eles ainda fugiam do agente Ucker.

            Amanda estava na chácara quando há um ano Christian estava sendo preso, ela queria ter explicado a ele o que havia acontecido para ela ter traído o grupo, mas não deu. Então naquele mesmo dia ela fugiu para a cidade vizinha, foi até o local onde Christian havia falado. Como ele havia sido preso, as atenções dos policiais havia baixado um pouco, então ela conseguiu roubar um carro e ir até o local.

            - Olá, boa noite. Sou Amanda Mendes Johnson, filha de Jacob Johnson, Christian me mandou. –Amanda falou para dois homens que estavam na porta do local que Christian a mandou ir.

            - Amanda? Jacob? Christian? Quem são esses? –um dos homens perguntou sem saber quem eram.

            Amanda não sabia o que dizer ou fazer, Christian havia dito que eles saberiam. Ela não teria para onde ir e mais agora sozinha. Um senhor veio lá de trás e passou entre aqueles dois que estavam na porta.

            - Amanda?

            - Sim, sou eu. –ela respondeu com uma expressão tristonha na cara.

          - Meu Deus, como você cresceu. Está muito linda. –aquele homem falou sorrindo para ela.

            - Você me conhece? –Amanda perguntou surpresa.

            - Venha, entre! -aquele senhor fez o convite e foram andando. - Ah, desculpe-me, me chamo Harry Johnson.

            - Johnson? Então você...

         - Não, não, não somos família, foi só uma coincidência seu pai e eu termos o mesmo sobrenome. –Harry interrompeu a fala de Amanda. – Mas nós fomos bons amigos, eu vi você nascer, te peguei no colo e por alguns motivos tive que vir para essa cidade trabalhar, desde então Jacob e eu nos falávamos muitas vezes, até o dia que ele se foi. Christian que te mandou, pena ele ter sido pego. –continuou Harry.

            - Verdade. Quando ele foi preso estávamos distante um do outro, agora estou sem saber o que fazer e para onde ir.

            - Não se preocupe pequena, eu irei te ajudar. Você pode ficar aqui o tempo que preciso for.

            - Muito obrigada, senhor Johnson.

            - Harry, por favor! -ele falou sorrindo para Amanda.

            Harry mostrou a Amanda onde ela iria ficar, um quarto enorme. Ela ficou com aqueles rapazes durante todo tempo, um ajudando outro. Cada dia que passava Amanda via em Harry mais que um cara que a ajudou, mas sim, um amigo, um bom amigo. Cada vez mais eles se conheciam e se gostavam mais. Ele conseguia ver em Amanda muito de seu pai, isso fazia um bem enorme a ele.

            Cada dia Amanda descobria mais sobre seu pai, Harry tinha muitas histórias sobre Jacob, muitas aventuras. Aqueles dias iam passando e Amanda ia interagido com todos de lá, por estar foragida, ela não podia trabalhar fora de lá, mas Harry arrumou um emprego para ela e assim ganhar um dinheiro.

            Todos os dias ela pensava em Christian e tinha uma vontade enorme de ir visita-lo, mas não podia. Então se contentava com uma foto que ela tinha deles. Sempre ela se martirizava por não ter contado a ele os reais motivos de ter traído o grupo. Amanda passou o ano que Christian ficou na cadeia dessa maneira, trabalhando para Harry, em casa mesmo e fazendo amizades, ela nem esperava ver Christian por um longo tempo.

            Depois de mais de um ano Christian estava novamente em sua frente, não se viam há tanto tempo que eles nem sabiam o que fazer, ficaram parados por uns minutos se olhando, até que ela correu e o abraçou. Parecia que o mundo havia parado e só existia aquele momento.

            - Eu estou feliz, muito feliz! –Amanda falou ainda abraçada com ele.

          - Eu também estou. Você não sabe o quanto esperei por esse momento. –Christian sussurrou ao ouvido dela.

            Foram se afastando lentamente e os rostos juntos, até pararem de frente um para o outro, eles ficaram fixamente olhando um no olho do outro. Então, um beijo aconteceu, um beijo exageradamente lento que até faltou ar, eles esperaram por tanto tempo esse dia. Quando o beijo acabou, eles dois sorriam bastante feliz. Ela ficou tão empolgada que nem lembrou de perguntar o que ele estaria fazendo ali, pois ele deveria está na prisão.

              - Chris, eu t... -Amanda sussurrou 

              - Não, não fale isso, por favor! Não agora. -interrompeu Christian.

            - Tudo bem, não direi. Não agora! Mas eu preciso me explicar, Chris. Eu não queria ter feito aquilo. Eu queria ter ido lá te ver. –ela falou baixinho

         - Não, não precisa se explicar. Precisamos sair daqui, temos umas coisas para fazer. No caminho eu te explico, agora só quero ficar com você o tempo todo, preciso matar essa saudade. 

            - Tudo bem. Vou só pegar minhas coisas.

            Enquanto ela pegava suas coisas, eles ficaram conversando.

            - Como você passou esse tempo? –perguntou Christian

            - Quando vi que você tinha sido preso, fiz aquilo que me mandou. Vim até aqui e me identifiquei como você falou. Ficava a maioria do tempo aqui dentro de casa mesmo. A propósito, o que você está fazendo aqui? Como saiu tão cedo? Você fugiu? –perguntou assustada.

            - Calma, calma! Irei responder todas as suas perguntas, mas precisamos ir.

            - Tá bom!

            - Você ficou com quem aqui esse tempo?

           - Todos que você falou que trabalhava para meu pai, mas uma pessoa em especial me acolheu como filha e cuidou de mim esse tempo todo. Harry, Harry Johnson.

            - Harry? –Christian surpreso perguntou.

            - Sim, ele mesmo.

            - Vamos, vamos, temos que ir agora. –Christian pegou no braço de Amanda e puxou para saírem dali.

            - Calma, Chris, ainda faltam algumas coisas.

            - Você não entende. Harry não era para estar aqui, ele e eu não nos damos muito bem. –Christian falou nervoso.

            - Mas...

            - Sem mas, temos que sair daqui agora!

            Amanda pegou o pouco que havia guardado e ela e Christian saíram daquele quarto. Ele pensou que Harry ainda não havia chegado, então foi em direção a porta da frente. Quando eles saíram do quarto e chegaram à sala, Harry e alguns dos seus capangas estavam lá, tinham mais de vinte homens, todos fortemente armados.

            - Olá meu amigo! Quanto tempo, não é? –Harry falou com um sarcasmo no rosto. – Pequena Amanda, isso não é com você, não tem nada a ver com você, pode passar, como falei, eu devo muito ao seu pai. Mas Christian não passará, não com vida, não dessa vez! -Harry concluiu em pé com os braços cruzados para traz e em frente daqueles homens. 


            Amanda e Christian se olharam assustados, não teria como Christian sair daquela situação dessa vez. 






Continua... 

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Busca II pt. IV (Reencontro)

        


         Amanda estava na cidade vizinha ainda escondida, mas estava com pessoas confiáveis, pessoas que serviram seu pai e que trabalharam por muitos anos com e para Christian. O que ninguém sabia era que Christian e Amanda tinham uma linha secreta para se comunicarem se caso eles se separassem ou um deles fosse preso. Era o meio que Christian iria usar para encontra-la se caso o agente Ucker aceitasse a sua proposta.

            O tempo estava passando, cedo ou tarde, talvez, Karoline e John iriam realizar mais roubos e com toda certeza mais mortes iriam acontecer. Depois daquela conversa entre Christian e o agente Ucker, eles não se falaram por algumas horas, o agente usou esse momento para pensar e refletir sobre aquilo. Ele queria fazer o certo, mas estava com medo, então foi pedir a ajuda de sua parceira para tomar a decisão. Ele contou o que estava acontecendo a agente Walker e pediu sua opinião.

            - É uma escolha difícil, mas correr risco é o que fazemos todos os dias. Sei que não tem como termos a certeza do que eles irão fazer. Mas acho que toda ajuda será bem vida, temos que correr esse risco. –a agente Walker falou.

            - Você tem razão agente! Já tomei minha decisão. –respondeu o agente Ucker olhando para a porta.

            O agente Ucker caminhou lentamente até a janela naquele prédio olhou para o horizonte e pegou um copo de água, tomou rapidamente, pegou o telefone e ligou para seu chefe e fez um pedido, no termino daquela ligação, saiu, foi até o presídio onde Christian estava. Aquele pedido foi a imunidade que Christian exigiu no acordo.

            - Vou precisar de você e toda ajuda é necessária nesse momento. Terei que confiar em você. –o agente Ucker falou segurando a grade daquela cela. – Mas você quem irá conversar com seus amigos e pedir a eles para participarem disso tudo.

            - Claro, irei falar com cada um deles e iremos procurar Amanda. –respondeu Christian pegando suas coisas para sair daquela prisão.

            - Acho muito difícil, passamos muito tempo tentando encontrar aquela menina e até agora nada de seu paradeiro. 

            Christian apenas olhou para ele e sorriu. Naquele momento a agente Walker chegou com um papel e entregou ao agente Ucker, era a imunidade para eles. Ele saiu e foi conversar com o diretor do presídio, minutos depois Christian foi solto. Ainda naquele mesmo lugar, Christian trocou de roupa e foi conversar com os seus parceiros. Primeiro foi à vez de Pedro, Christian foi até a área de visita e começaram uma conversa.

            - Christian? O que você está fazendo aqui?

            - Olá Pedro, quanto tempo não conversamos? Como você está?

            - Estou bem. Sinto falta da gente e dos nossos trabalhos. –Pedro respondeu sorrindo.

            - Eu vim aqui para conversar com você, quero te fazer uma proposta.

            - Proposta? Estou ouvindo.

            - Que tal sair daqui e ter uma vida livre novamente?

            - Como seria possível isso?

            - Isso eu já resolvi, só tem uma condição.

            - Qual seria, Christian?

            - Mudarmos o lado.

            - Como assim? Não entendi. Poderia explicar melhor?

            - Eu fiz um acordo com o agente Ucker para ajudar a prender JC e sua gangue que estão realizando roubos e cometendo muitas mortes como consequência desses roubos.

            - Mas esses roubos não são aqueles que não levaram nada? –Pedro interrompeu a fala de Christian e indagou.

            - Isso mesmo Pedro, esse é o problema. Quem vai roubar e sai sem levar nada, só faz destruir o local?

            - Estou entendo. –Pedro respondeu balançando a cabeça.

            - Então fiz isso. Pedi para o agente nos livrar da prisão e nos dá imunidade, e em troca iríamos ajuda-lo a pegar JC e essa gangue. E aí? Topa?

            - Quando você fala a gente, seria quem especificamente?

            - Eu, você, Donald e Amanda. Mas claro que iríamos trabalhar com os agentes e com o FBI.

            Pedro parou por um momento e ficou pensando naquilo que foi dito por Christian.

            - Eu aceito, Christian!

            - Então, corra para pegar suas coisas, vamos embora agora daqui!

            - Mas já? –Pedro perguntou surpreso e feliz ao mesmo tempo.

            - Sim, meu amigo.

            Pedro foi rapidamente até a cela e pegou o livro que estava lendo, então veio ao encontro de Christian. Christian deu uma roupa para Pedro tirar aquela farda do presido. Minutos depois trouxeram Donald. Christian deu um forte abraço em seu amigo e ainda em pé falou:

            - Desde tudo, não tivemos a oportunidade de conversamos. Cara, eu sinto muito, muito mesmo por sua perca. Karl era um bom amigo e sei que apesar da distância de vocês, ele era um bom irmão.

            Donald não falou nada, só balançou a cabeça agradecendo. Eles então sentaram.

            - Como é bom ver você, Christian. Bom ver que você está bem.

            - Obrigado, é muito bom te ver também, cara. Melhor ainda é poder falar com você. Mas meu tempo é curto aqui, vim porque quero te fazer um pedido.

            - Claro, pode falar.

            - Acredito que você ouviu falar dos roubos de JC.

            - Claro que ouvi! Aquele cara não muda. –sorrindo Donald respondeu.

            - Então, fiz um acordo com o agente Ucker para ele nos deixar sair e em troca ajudaríamos ele a pegar JC.

            - Você fez o que? Como pôde fazer, isso Christian? –irritado Donald perguntou.

            - Era preciso, Donald. JC não é mais o mesmo, ele mata pessoas e não somos assim, nunca fomos. Você está dentro?

            - Não posso fazer isso, não com ele. Eu devo muito da minha vida a ele e não o trairia. Alias, eu devo muito a você também, mas isso seria uma traição. Não posso, de verdade.

            - Mas Donald, pensa na tua liberdade, pensa que você pode ficar lá fora novamente, buscar teus sonhos e realizações novamente.

            - Eu sou um homem de palavra, eu tenho meu caráter e minhas regras de vida e isso não faz parte dela. Não trairia um amigo por dinheiro, ou por liberdade. Não insista, porque se fosse ao contrario eu não aceitaria também. Se JC estivesse no seu lugar me pedido para ajudar a te pegar, eu não iria aceitar da mesma forma. Obrigado pela oferta, mas minha resposta é não. –Donald respondeu se levantando e indo embora.

            Christian não falou mais nada, só se retirou. Então, o plano ainda estava de pé, só que sem Donald. Agora era hora de encontrar Amanda. Christian e Pedro saíram daquele presídio e se separaram para cada um ir a sua casa. Pedro chegou em casa, tocou a campainha, Tereza abriu a porta, olhou bem para ele e caiu em lágrimas. Pedro deu-lhe um abraço forte.

            - Você falou que só iria passar alguns dias. Já faz mais de um ano. –Tereza falou ainda abraçada com Pedro.

            - Ah, querida. Tive que prolongar minha estadia, mas agora estou de volta e não pretendo sair e demorar tanto mais. Onde estão meus pais? 

            - Estão trabalhando, meu filho. Venha, entre vou prepara um chocolate quente para você.

            Pedro sorriu e entrou em casa. Tereza estava tão feliz com a volta de Pedro que não conseguia esconder aquele sorriso sincero em seu rosto. Christian foi até a casa de Joanna, mas só ficou observando de longe. Passou alguns minutos lá e saiu, foi até a chácara que ele passou uns dias com Amanda. Tudo estava ainda igual àquela noite. A lembrança veio à tona, a lembrança daquela noite tão especial. Mas o tempo estava passando era hora de ir atrás de Amanda.

            Christian ligou para a linha confidencial deles, um homem atendeu. Ele perguntou onde Amanda estava, aquele homem que era um dos que já trabalhou para Christian falou que ela não aparecia em casa já a uns três dias, mas que ela fazia isso sempre e que logo estaria de volta. Ele falou que iria até lá. Arrumou um carro com Pedro, já que os pais dele tinham tantos em sua garagem e foi até onde Amanda estaria. Chegando lá, todos que estavam presentes o cumprimentaram. Um deles o levou até o quarto de Amanda, ele entrou ficou um tempo lá. Saiu mexendo nas coisas dela, sentindo seu cheiro naquele quarto, a nostalgia bateu.


            Ele sentou na cama dela, deitou, passou uns minutos lá e levantou, existia um quadro com uma foto deles na cômoda ao lado da cama. Ele olhou fixamente e sorriu, a ansiedade tomava conta dele. Depois de quase duas horas naquele quarto Amanda chegou, ela foi até lá e ficou parada na porta olhando para Christian. Ele estava de costas em frente aquela cômoda, quando ele virou Amanda estava lá em pé o olhando fixamente. Ficaram parados por alguns minutos se olhando, fazia tanto tempo que eles não se viam que a felicidade tomava conta deles e os olhares brilhavam com tanta intensidade. 





Continua...

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Busca II pt. III (A noite)

Robert Smith
         
          Robert era um cara bem carismático e um homem bem feliz com sua vida. Por onde ele passava deixava boas vibrações e fazia com que o ambiente ficasse mais positivo. Ele trabalhava em uma empresa de computação há mais de dois anos e morava com sua namorada Joanna Miller de apenas 16 anos e por quem ele tinha um amor gigantesco. Robert era bem realizado em seu trabalho e muito bem sucedido financeiramente.

            - Bom dia amor, vamos levantar que hoje é domingo e nós vamos passear um pouco. Hoje o café da manhã é por minha conta. -Robert falou levantando e indo até a cozinha preparar o café da manhã.

           Ovos com bacon e uma xícara de café bem quente. Naquele domingo ensolarado Robert iria levar Joanna ao shopping, era dia de compras e de se divertir um pouco, pois as semanas dele no trabalho estavam muito corridas, cansativas e, consequentemente, estressantes. Logo aquele domingo passou, e na segunda-feira todo aquele trabalho recomeçou.

Joanna Miller, casa com Robert
            Robert tinha planos de ter um filho com Joanna, mas sabia que ela era muito jovem e preferia aguardar mais uns anos. Ele cada dia tinha mais certeza de seu amor por aquela menina. Os dias naquela empresa iam passando e uma notícia chegou por lá, um novo companheiro iria chegar para fazer os trabalhos junto com Robert, pois ele estava muito sobrecarregado com os afazeres. No dia seguinte o patrão de Robert o chamou em sua sala e anunciou o esperado.

    - Robert, sei o quanto você está sobrecarregado com o trabalho, por isso resolvi contratar uma pessoa para lhe ajudar. Ela é bem experiente no que faz e vai contribuir muito a essa empresa. Assim, você não precisará resolver tudo sozinho.

       Robert agradeceu e ficou muito feliz, pois ele estava muito estressado por conta do trabalho que estava aos montes. O patrão dele falou que o mais tardar em duas semanas seu novo companheiro de trabalho chegaria. As duas semanas se passaram e em uma segunda-feira, seu novo companheiro chegou, ou melhor, sua nova companheira, era uma moça jovem, bonita, com olhos escuros e uma simpatia invejável. Ela chegou à empresa com o patrão de Robert e a secretaria do mesmo. Então um aperto de mão aconteceu.

            - Olá, meu nome é Karoline Cater.

            - Oi, o meu é Robert Smith.

            Aquela jovem moça logo no primeiro contato chamou muito a atenção de Robert, mas aquele rapaz não esboçou nada daquilo que se passava em sua cabeça. Os dias iam se passando e com eles os trabalhos aumentavam cada vez mais, mas com duas pessoas fazendo tudo aquilo, não ficava carregado para nenhum dos lados. Assim, o trabalho ia muito bem, os dois tiveram um entrosamento bem legal.      

            Cada dia que passava Robert ia conhecendo mais aquela jovem moça. Ela era casada a mais de 3 anos com um rapaz chamado John Cater, não tinha filhos e eles eram um casal bem unido, assim como Robert e Joanna. Eles eram bem conhecidos em seu bairro por serem pessoas caridosas a ponto de toda semana irem às ruas oferecerem comida, roupas e coisas que melhorassem a vida daquelas pessoas que moravam nas ruas.

            Mesmo assim, aqueles jovens companheiros de trabalho não conseguiam disfarçar seu envolvimento pessoal. Seus olhares, suas brincadeiras, sorrisos, faziam com que as outras pessoas daquela empresa falassem deles e especulassem que existia algo entre eles. Mas como não existia nada de fato, eles sempre negavam.

            Entretanto, existia algo em Robert que Karoline admirava bastante, seu sorriso espontâneo, seu olhar sincero, entre tantas outras coisas. Nela existia algo que ele se encantava, mas o mesmo não consegui descobrir o que era. Mesmo com tudo isso, eles não assumiam nada, nem para eles mesmo.

            Em uma noite, o trabalho do dia inteiro foi muito, fazendo com eles ficassem até mais tarde. Naquela noite, fizeram mais do que só trabalhar. Riram, brincaram, conversaram e colocaram a limpo aquilo que eles sentiam, ou pelo menos achavam que sentiam. Mesmo estando sozinhos, nada aconteceu, pois reconheciam que seus casamentos valiam mais que uma noite de aventura e mais que um sentimento passageiro.
           
            Alguns meses se passaram depois daquela noite nada havia mudado entre eles. Então patrão chamou os dois em sua sala.

            - Robert e Karoline esse fim de semana teremos um congresso internacional e eu queria que vocês fossem nos representar.

            - Mas porque você não vai? Estamos com tanta coisa para fazer aqui essa semana. -questionou Robert calmamente.
           
            - Não poderei ir, pois hoje irei fazer uma viagem a negócios e só vou voltar na próxima semana. Então, não queria deixar esse congresso sem um de nós e confio plenamente m vocês dois. Posso contar com vocês?

Karoline Cater
            Eles aceitaram o pedido de seu patrão. Robert contou a Joanna que iria nessa viagem e que por isso passaria o fim de semana fora. Karoline fez o mesmo.

            Chegou sexta-feira a noite e eles foram para o aeroporto fazer a viagem. O local do congresso era em uma praia bem conhecida, chegaram em 3h ao seu destino. Dois quartos no hotel, pagos pela empresa e assim passaram a noite. No sábado, dia do congresso, Robert levantou bem cedo e foi, como de costume, se exercitar. Karoline acordou perto das 9h da manhã e foi tomar o café da manhã naquele hotel belíssimo. Aproveitaram aquele dia meio que distante, mas a noite chegou, foram então ao congresso. Era um congresso internacional, mas particular, poucas empresas discutindo o que mais de novo existia no mercado e como cada umas delas estavam trabalhando.


            No fim daquele congresso, os dois foram conversar um pouco naquela praia tão linda. Robert notou que Karoline estava meio cabisbaixa desde que pegaram o voo. Ele perguntou a ela:

            - O que está acontecendo Karoline? Você não está bem!

            Ela então respondeu olhando para o mar e sorrindo, tentando deixar para trás seus problemas:
           
         - De fato não estou bem, mas não quero falar sobre isso. Vamos aproveitar nossa estadia nesse lugar maravilho e curtir a noite.

            A noite estava caminhando muito animada, algumas doses de whisky, muita conversa, muitas verdades sendo ditas e indiretas a todo momento. Uma noite junto ao mar, as ondas vinham de encontro à praia e aquele luar tão excitante. Os olhares se cruzaram e o clima ficou mais sério. Então em um dado instante os desejos que tanto suplicavam foram atendidos, um beijo aconteceu.

            Subiram rapidamente para um dos quartos e beijos e mais beijos. Não disseram uma palavra, só viveram aquele momento. As roupas iam sendo tiradas tão rápidas e a noite cada vez mais quente. Os suspiros em falsetes, os olhos revirando, o cabelo bagunçado de tanto ser puxado, o desejo sendo saciado e aquela noite foi tão intensa e tão prazerosa que os dois nem disfarçavam aquele sorriso maroto estampado em seus rostos. No fim, duas canecas de vinho e dois cigarros, ela vestida com a blusa dele toda amarrotada e um silêncio profundo naquele quarto. Dormiram ali mesmo juntos.

            Era domingo, depois daquela noite maravilhosa, chegou a hora de voltarem para casa e para seus amores. Na viagem que durou 3h, da mesma forma da vinda, Karoline revelou que estava passando por uma crise no casamento e que achava que não iria continuar com seu marido. Ela ainda revelou que estava apaixonada por Robert e que não foi por causa da noite, mas por esses meses de trabalho, de conversa e que cada vez estava ficando mais difícil esconder tal sentimento. Robert falou que sentia algo por ela também, mas que não podia estragar seu casamento assim. Ela falou que entendia a situação e que não iria forçar nada.

            Chegaram a seu destino, cada um para seu lado. Chegando em casa, Robert deu um forte abraço em Joanna e olhou bem no fundo dos olhos dela e disse que a amava. Ela retribuiu dizendo o mesmo. Sorrindo e abraçados, foram deitar e assistir um pouco, aproveitar o resto daquele domingo.

            Karoline chegou em casa, John não estava. Ela passou o domingo inteiro sozinha. Ali no sofá mesmo adormeceu. Pela manhã, já era segunda-feira, John estava no quarto, quando ela o acordou e disse que queria falar com ele. Uma briga começou naquela casa, gritos e mais gritos. Então, Karoline falou chorando:

            - John, não estou aguentando mais. Quero ir embora. Quero me separar.

            - Como você pode fazer isso comigo, Karoline? Caramba, eu te dei tanto amor e sempre fui um cara sincero com você. Uma briga e você quer ir embora?

            - Não é só por isso John... Já fazem mais de um mês que estamos vivendo em um inferno. -Karoline fala com expressão de tristeza.

            - E o que tem mais Karoline? Todos brigam e passam por dificuldade. -John falou indo em direção a Karoline.

            Ela não quis continuar com aquela briga, mas a discussão só piorava. Karoline chorava bastante e em um ato impensante falou:

            - Eu estou apaixonada por outro cara e nós ficamos nessa viagem!

            John silenciou por um instante.

            - Quem foi ele? –perguntou com a cabeça baixa.

            - Foi um colega de trabalho.

            - Que quero saber o nome dele! –John falou gritando.

            -Robert!

            - Você tinha razão, pode ir embora. –John falou dando as costas para Karoline e indo tomar um banho.

            Nessa manhã, Karoline chegou um pouco atrasa ao trabalho, Robert já estava lá. Ela chegou sem falar nada, só começou a trabalhar. Em um dado momento perto do intervalo para o almoço a recepcionista fala que tem um homem procurando por Robert, ele vai foi a recepção e lá estava John. Robert fala:

            - Pois não senhor?

            - Você que é Robert? –John pergunta olhando bem para ele.

             Robert responde dizendo que sim, naquele momento John tira uma arma e aponta para Robert. A recepcionista corre gritando, pedindo socorro, os companheiros de trabalho e Karoline vão até os dois. Ela então fala:

            - John não faça isso!

            - Como você teve coragem de fazer isso comigo? Um cara que você mal conhece, não sabe nem de onde veio e você... –a raiva de John era perceptível ao falar.

John Cater

      Robert pergunta o que ele estava fazendo e porque ele estava ali o ameaçando. Ela respondeu dizendo que ele sabia de tudo.  Robert ficou sem reação e baixou a cabeça. Naquele momento sem pensar, John puxa o gatilho, ali mesmo com a arma bem perto de Robert, por algum motivo a arma falha, o disparo não acontece. Em um movimento rápido Robert puxa o braço de John o imobilizando no chão e em um ato de proteção começa a esmurrar aquele rapaz, Robert estava se sentindo ameaçado e por isso não parava de da murros fortes no rosto de John, ele já estava desacordado de tantos murros e se ele continuasse John acabaria morrendo. Quando se ouve um tiro. Um silêncio se fez presente e a surpresa, Karoline havia disparado o tiro à queima roupa em Robert, ele morreu na hora. Naquela altura a polícia já havia sido chamada e tinha acabado de chegar à empresa.

            Karoline foi presa indiciada e condenada por homicídio, mas como foi em defesa de seu marido pegou uma pena de 25 anos de cadeia em regime fechado. John foi indiciado por porte ilegal de arma e por tentativa de homicídio, foi condenado nos dois e pegou 15 anos de prisão. Os crimes dos dois eram inafiançáveis.  

            Robert morreu na mesma hora do disparo sem nem ter tempo de lutar por sua vida e morto por aquela que se dizia apaixonada por ele. De fato ninguém nunca vai conhecer verdadeiramente ninguém. Joanna recebeu a notícia e ficou muito abalada, perplexa com a forma que seu namorado havia sido assassinado. Ela não ficou sabendo do caso de Robert e Karoline, para ela, ele morreu como o melhor cara do mundo. Ela demorou muitos anos para superar tal perda, criando uma barreia psicológica, deixando seu passado para trás, só assim ela conseguiu seguir, sem nunca falar sobre o que havia acontecido. Ela passou muitos anos sem se envolver com ninguém, até conhecer Christian Hill.

            Algumas pessoas nunca mudam, já outras, mudam o bastante para seguirem em frente. Outras mudam para pior. John passou 10 anos na prisão saiu mais cedo por bom comportamento, quando em um dia qualquer na igreja conheceu Christian, foi aí que sua vida mudou, ele agora era JC. Com alguns anos de presa Karoline sofreu muito na prisão, era violentada por suas companheiras de cela e por alguns guardas corruptos. Não durou muito para se tornar um monstro. Fez amizade com um dos guardas e trocou alguns prazeres carnais por uma fuga facilitada. Ninguém da família dela foi visita-la na prisão nesses anos.

            Mais especificamente depois 16 anos e 7 meses de prisão, aquele guarda com quem Karoline estava se envolvendo trouxe algo para ela, ele injetou nela e ela morreu na cela, ou melhor, ela ficou em estado de coma profundo. Ele já havia combinado com alguns médicos para que eles confirmassem o laudo.

            O corpo foi levado e horas depois aquela mulher estava livre e melhor ainda sem ninguém a perseguir. Aquele guarda queria algo a mais com Karoline, mas aquela mulher havia se tonado um monstro, acabou matando aquele guarda e ninguém nunca encontrou seu corpo, ela o dissolveu no ácido. Depois que estava livre Karoline foi atrás de suas irmãs, Amanda e Mylena, de John. Quando então descobriu todo o grupo liderado por Christian.


            O que nem Karoline, nem John sabiam ainda, era que a ex-esposa de Christian era Joanna Miller, a também viúva de Robert. Mas quando eles descobrirem as coisas irão mudar.





Continua...