Dois anos
se foram, já era 2063, e Luziane ainda morava com seus avós, um amor sem medida
aquela menininha sentia por eles. As festas de final de ano sempre eram
comemoradas na linda casa de Juan e Carmela. Isso já era uma cultura para
aquela família, todos iam para lá passar os dias de natal e réveillon, até
Isis, Luna e Pablo viam do Brasil para isso, era uma festa muito animada.
Já tinha passado o natal e era dia 31
de dezembro daquele mesmo ano. Todos estavam se preparando para o réveillon, às
20h30min Juan passou mal. Foi uma correria para leva-lo ao hospital, ele sentiu
uma dor muito forte no peito.
Rafael correu e pegou o carro que
estava na garagem, Aurora ainda não havia chegado, pois estava com Isis e Luna
dando uma volta na cidade. Pablo estava dormindo na sua casa de Tijuana, Celina
estava em sua casa se arrumando para a festa e Giovanni ainda não havia saído
do trabalho. Mas seus netos e Rafaela já estavam lá. Miguel e Gabriela não
deixaram Carmela ir junto, não sabiam o que podia acontecer lá, então ficaram
em casa com ela. Foram para o hospital Rafael, Diego, Pedro e Luziane.
Demoraram aproximadamente 20 minutos para chegar lá.
- SOCORRO! SOCORRO! Alguém ajuda! (Luziane
entrou gritando naquele hospital, com Juan sendo carregado pelos rapazes).
Um médico saiu as pressas para
ajudar, levaram Juan para dentro, em uma sala que não podiam entrar, então, eles ficaram no
aguardo. Depois de alguns minutos o médico voltou, disse que Juan tinha tido um
infarto agudo do miocárdio, Luziane falou que não havia entendido, então seu
tio explicou:
- Ele teve uma parada cardíaca,
Luzi.
O médico balançou a cabeça
positivamente e continuou falando que conseguiu reanima-lo e que ele estava
sob observação. Rafael então ligou para sua mãe e contou o que havia
acontecido e que tudo estava bem, logo estariam em casa.
Já passavam das 23h, quando Juan
teve outra parada cardíaca, novamente foi uma correria de médicos e
enfermeiras. Mas desta vez ele não resistiu, sua idade era muito avançada.
Então Juan morreu aos 78 anos...
Um silêncio se fez presente naquele
hospital por alguns minutos!
Até hoje, quando lembro, minhas lágrimas rolam. Era fim de ano, alegria, festa, ninguém deveria morrer neste dia.
Aquele 1 de Janeiro de 2064 foi bastante cinza.
Recordo que naquele dia 31 fomos
fazer nossa última refeição do ano, era a hora do jantar, como de costume,
fizemos nossa oração e o orador foi ele. Ainda me lembro de suas palavras:
- Senhor, dai-nos força para evitar
os maus pensamentos, os maus sentimentos e as más atitudes. Dai-nos coragem
para ser e melhorar o que somos. Dai-nos luz e sabedoria. Amém!
Ele permaneceu de cabeça baixa e
olhos fechados por um instante e falou baixinho:
- Prometamos nos despedir sem dizer
adeus jamais.
Era como se fosse uma despedida, e
foi...
Continua...
É uma das piores sensações e se apegar tanto ao um personagem tão apaixonante e ele simplesmente partir! Doeu!
ResponderExcluirSurpresas tristes, mas ele asdim deixou uma família linda q segue. Tudo a um tempo determinado por Deus, uns nascem outros morrem, e assim com Juan não foi diferente.
ResponderExcluirValeu Carlos pela história de Amor desse casal lindo q mesmo tendo um fim trágico não deixou d nós deixar uma veracidade uma fantasia uma riqueza de sentimentos de tempos q se cruzaram. Parabéns foi realmente lindooo.
Que Deus continue te capacitando te inspirando pra nos transmitir através dessas histórias o poder de Amar de perseverar acreditar de que tudo há um tempo em tudo nas nossas vidas, temos só que aprender a lidar com as situações vindouras. Um Abração meu inscrito, continuarei curtindo suas publicações sejam elas poemas ou histórias, kkkk valeu��
Filho da mãe... Num tinha nada que matar o Juan... Tem que ser tipo desenho, que ninguém nunca morre, tirando Bamby é claro. Rs...
ResponderExcluirNo aguardo para o próximo capítulo.