(The price of a choice / El precio de una opción)
Por Carlos F. Jr.
Em uma noite chuvosa Carl se deitou para dormir em
seu apartamento, assim como de costume pegou um livro para ler, com todas as
luzes do seu quarto apagadas, apenas o abajur ao lado de sua cama para
iluminar. A leitura estava tão boa que Carl se recusava a pegar no sono, mas
aos poucos seus olhos foram fechando e ele acabou adormecendo com o livro em
cima de seu peito e o abajur ainda ligado. Por conta daquela chuva fazia
bastante frio naquela noite, então ele dormiu tão bem, que nem sentiu a noite
passar rapidamente.
Pela manhã, ainda com preguiça e com um belo sol
brilhando lá fora, ele foi acordando aos poucos e se espreguiçado. Sentiu algo
estranho, não era sua cama, nem seu quarto, percebera ainda que não estava só
na cama, existia alguém lá, ele saltou da cama assustado e sem entender bem
quem de fato estava lá, olhava fixamente para ver quem era. Entretanto, seu
salto assustado acabou acordando a pessoa que estava com ele, era Beatriz, sua
melhor amiga, a quem Carl tinha um apreço enorme. Ela abriu o olho, olhou em
sua direção e sorriu se levantou só de calcinha, pegou a blusa do time de
coração de Carl e vestiu, deu-lhe um beijo e disse: - Bom dia meu amor! (Carl
pensava surpreso: - Meu amor? O que está acontecendo aqui?).
Ele sorriu para ela meio sem que graça, sem
entender nada. Ela foi para cozinha preparar o café da manhã deles. Enquanto
eles comiam ela conversava com ele e fazia perguntas que o mesmo não sabia
responder, ele estava em um lugar que não sabia como tinha chegado lá, não sabia
como tinha acontecido. Carl desde menino conhecia Beatriz e mesmo eles sendo
muito amigos havia nele uma vontade enorme de casar-se com ela, não por ser
apaixonado por ela, mas por ela ser a única que entendia ele e estava sempre ao
seu lado.
Ele comeu rapidamente e falou a ela que tinha que
resolver algumas coisas, se levantou, colocou uma roupa e saiu na rua para
tentar entender o que estava acontecendo. Ao andar pela rua, as pessoas sorriam
para ele, acenavam, apertavam sua mão, queriam abraçar, tirar foto, ele não
entendia o porquê de essas pessoas o cumprimentarem tanto. Ele então passou em
uma loja e viu um retrato seu em uma camisa preta, ele entrou na loja para
tentar descobrir o motivo de seu retrato estar ali. No verso daquela camisa
tinha CARL, O MELHOR MÚSICO DE TODOS OS TEMPOS!
Então ele pensou: - Primeiro foi Beatriz, agora
isso?! Ele percebeu ali que seus dois maiores sonhos estavam realizados, que
era casar com sua melhor amiga e ser um bom músico. Ele sorriu de felicidade e
decidiu parar de entender aquela situação e aproveitar sua “nova vida”. Voltou
para casa e foi ao encontro da sua esposa e a encheu de beijos e ela sorriu
entusiasmada. Mas, em toda aquela situação de euforia e alegria por ter
realizado os dois maiores sonhos de sua vida, existia uma questão, por onde
andava seus outros grandes amigos? Paula, Júlio e Adolf.
Paula é aquela menina alegre que faz as pessoas
sorrirem e que se sente um tanto excluída do grupo, mas que sempre está ali com
eles, é por ela que Carl é apaixonado desde que se conheceram; Júlio é aquele
cara louco que tem um coração enorme; Adolf um cara sincero que faz um bem
enorme para todos. Carl logo imaginou que todos eles estavam tão bem quanto ele
e feliz, pois ele estava bastante.
Ele então questionou: - Beatriz, onde está o
pessoal? Eu não me lembro bem. Tentando disfarçar, para ela não notar que ele,
na verdade, não se lembrava de nada. Ela não respondeu, só baixou a cabeça e
fez silêncio. Carl ficou sem entender e mais um vez perguntou: - Onde está o
pessoal, Beatriz?
Beatriz respondeu: - Não sei. (Respondeu
rapidamente e saiu para que Carl não fizesse mais perguntas).
Ele ficou sem entender mais uma vez. Alguns minutos
depois ele ouviu Beatriz chorando baixinho dentro do quarto, ele resolveu
deixa-la em paz para desabafar, mas não entendia nada do que estava acontecendo
ali. Então, ele resolveu sair e procurá-los. Quando Beatriz ouviu o portão fechar,
ela chorou mais alto e batia no travesseiro como se estivesse com raiva de
tudo.
Carl foi primeiramente à casa de Júlio, mas lá
estavam morando outras pessoas e eles não sabiam quem era Júlio, de lá, foi à
casa de Paula e lá estava fechado com uma placa de “Vende-se”. No meio do
caminho indo à casa de Adolf, ele avistou uma mulher que o olhou fixamente, mas
aquela mulher estava um pouco longe, toda suja e com três caras ao seu redor,
aparentava estar muito drogada, no meio da multidão Carl a perdeu de vista e
continuou andando e se perguntando quem seria aquela que o olhava tanto, ele
tinha uma impressão de conhecê-la de algum lugar, mas não deu para lembrar por
ela estar tão distante.
Carl,
enfim, chegou à casa de Adolf, ele estava lá e com Júlio, Carl se alegrou e
abriu aquele sorriso e chamou para eles irem lá fora falar com ele. Eles não
expressaram nenhuma reação positiva ao ver Carl e perguntaram: - O que você
está fazendo aqui depois de tudo?
O que você está fazendo aqui depois de tudo? Como
assim? O que eu fiz? Carl indagava. Então, Carl continuou falando que foi
simplesmente vê-los e que estava com saudades, eles sorriram debochando dele e
falavam: - O que o maior músico de todos os tempos quer com dois gays drogados?
Não foi isso que você falou há 5 anos atrás? Quando foi viajar com sua primeira
grande tour pelo mundo e esqueceu dos amigos?
Eles repetiam sem parar que a culpa era de Carl,
toda a culpa e o mandaram embora e pediram para ele não procurar mais por eles,
pois eles estavam bem esse tempo todo e sem ele. Carl foi embora sem esboçar
nenhuma reação, ele não entendeu o que estava acontecendo, agora menos ainda.
Mas, uma coisa chamou sua atenção nessa pequena
discussão com os rapazes, ele se perguntava: - Dois drogados? Dois gays? E que
culpa? Culpa pelo quê? Como assim? O que aconteceu aqui? Melhor ainda o que
está acontecendo aqui?
Quando Carl foi embora, Júlio falou para Adolf com
bastante raiva: - Como ele tem coragem de vir aqui? Ele não ideia das coisas.
Nossa vida estava tão boa. Que sem noção!
Adolf não falava nada, só ficou com a cabeça baixa
e bastante triste.
Já passavam das 15h quando ele resolveu voltar para
casa pelo mesmo caminho que foi para casa de Aldof, pois ele queria ver se
encontrava aquela menina novamente. Entretanto, ela não estava mais ali. Ao
chegar em casa, Beatriz estava deitada no sofá vendo televisão, ele falou
assustado: - Precisamos conversar. Agora!
Ela sentou rapidamente e perguntou o que estava
acontecendo, ele respondeu: - O que está acontecendo, digo eu. Ontem eu estava
no meu quarto deitado lendo meu livro com o cair da chuva, acordo casado com
você, famoso, com meus amigos distantes de mim e sem saber o porquê das coisas,
estou a ponto de enlouquecer.
Ela pediu para ele se acalmar e sentar, que ela ia
explicar tudo. Ela explicou a ele que na noite anterior ele havia bebido umas
canecas de vinho e indo ao banheiro, escorregou e bateu a cabeça de leve na
pia, nada sério, então ele tomou um banho e foi deitar. Por isso, talvez, ele
estivesse complicando tudo, mas que depois ele iria se recuperar e lembrar-se
de tudo.
Ele meio sem jeito falou a ela que não queria
esperar, queria que ela o lembrasse do que havia acontecido com os seus outros
amigos.
Ela então começou: - Tá bom! Vou te lembrar:
Há algum tempo atrás, quando nós casamos,
éramos ainda aquele velho quinteto de sempre, unidos, irmãos, sempre fazendo
aquelas nossas bagunças, mas os anos foram passando e acabamos nos afastando um
pouco. Você se tornou conhecido como músico, escritor e compositor. Anos à
frente Júlio e Adolf assumiram seu namoro, posteriormente foram morar juntos.
Em um dado momento, eles precisaram de uma ajuda sua para comprar um
medicamento, um tanto caro, para a mãe de Adolf, eles não tinham condições de
comprar, porque estavam desempregados.
Você acabou se recusando a ajudar por eles serem
homossexuais e estarem se drogando às escondidas. Beatriz silenciou um momento
e baixou à cabeça, ele pediu para ela continuar, então ela continuou:
- Você foi tão grosso com eles que desse dia em
diante eles nunca mais falaram conosco e a mãe do Adolf acabou morrendo por
falta desse tal medicamento. Ainda lembro daquele dia, você gritou com tanto
ódio expulsando-os como se fossem cachorros, os chamando de drogados e gays.
Foi terrível!
Carl ficou perplexo com tudo aquilo e sem palavras,
notou ali o porquê de gritarem que a culpa era dele. Beatriz continuou:
- Paula, viajou, passou alguns anos fora do
país e quando voltou era uma pessoa totalmente diferente. Ela se tornou uma
prostituta viciada. Desde que ela voltou ela só vem aqui para pedir dinheiro
para se drogar, às vezes, eu tentava ir a casa dela para conversarmos e tentar
ajudá-la, mas sempre apareciam homens lá para fazer programa e você me proibiu
de ir lá por conta disso.
Beatriz falou que o ponto que ela trabalha
fica perto da antiga escola de música, foi justamente por onde Carl passou
quando estava indo procurar seus amigos e foi lá onde ele viu aquela moça, ele
então se tocou que ela nada mais era que Paula.
Naquele
momento ele olhou bem fixamente para Beatriz e percebeu que seu olhar não era o
mesmo que antes, quando saiam todos os cinco amigos para conversar, era um
olhar morto, sem felicidade, como se estivera ali só por obrigação, sem
compromisso com nada. Ele notou que todos seus amigos estavam infelizes e
vivendo uma vida sem futuro em que apenas ele estava bem.
Todos sabiam que Carl sempre foi apaixonado por
Paula e ele se preocupava bastante com ela. Nessa sua “nova vida” ele ainda não
havia se encontrado com Paula e ele pensava em vê-la, queria ver com seus
próprios olhos aquilo que ela havia se tornado, não queria acreditar que ela
havia se tornado uma prostituta.
Carl estava refletindo sobre tudo aquilo que
Beatriz havia lhe contado, quando o telefone toca, ele atende, era seu
empresário avisando que ele iria fazer um concerto naquela noite, mas algo
simples, só alguns minutos para alegrar a festa daquela cidade. Falou que
estava tudo certo e desligou o telefone. Carl nem deu muita importância para o
que seu empresário estava falando, porque só pensava em seus amigos e no que
ele tinha se tornado naquele momento.
Ele tinha que fazer uma escolha dura,
continuar com seus sonhos e deixar seus amigos em situações desfavoráveis. Ou
abrir mão de tudo para que eles voltassem a serem felizes.
Mas mesmo com tudo, ele não sabia fazer tudo
voltar ao normal até porque ele nem sabia como tinha chegado ali. Ele pediu a
Beatriz o endereço de Paula, disse que tinha esquecido e queria conversar com
ela. Beatriz deu o endereço, ela morava naquele antigo prédio onde ele estava
dormindo antes de vir parar nessa vida. Rua Macaparana, n° 85, apartamento 24.
Carl fazia suas apresentações há um ano e meio, por
isso, ele não passava mais tempo ensaiando, sempre era avisado algumas horas ou
até minutos antes dos eventos, já estava próximo à hora do concerto na sua
cidade, faltavam umas 2h, mais ou menos.
Ele se preparou, falou a Beatriz que ia na frente,
pois ia resolver alguns assuntos e que ela fosse depois, lá iriam se encontrar,
Beatriz o acompanhava em todos os seus eventos. Então ele saiu.
Antes de ir ao concerto resolveu passar para ver Paula, chegando no apartamento
dela, ele chamou umas duas vezes, mas sem resposta. Ela poderia não estar em
casa, pensou.
No entanto, o som estava ligado baixinho, ele
chamou mais uma vez e outra vez sem sucesso, ele resolveu arrombar a porta para
ver se ela estava lá, se ela estava bem. Dois chutes foram o suficiente para o
ferrolho da porta quebrar e ele poder entrar.
Ele entrou lentamente e chamando por Paula, passou
pela sala, pelo primeiro quarto, não viu ninguém, mas percebeu que o
apartamento estava uma bagunça, cheio de roupa no chão, papel por todos os
lugares, preservativos abertos e fechados jogados por todos os cantos, bebidas
aos montes.
Chegando mais dentro, na cozinha, ele viu Paula no
chão, aparentemente desmaiada com várias seringas e frascos de droga ao seu
redor. Ele se desesperou e foi tentar ajudá-la, gritou por seu nome,
balançando-a e quando a virou, viu que seus olhos estavam abertos e ela não
respirava, sua boca estava cheia de espuma. Ele percebeu ali que ela tinha tido
uma overdose e não estava mais viva...
Ele
chorou abraçado com seu corpo e ligou para a ambulância, ainda meio desnorteado
sem acreditar naquilo, ele saiu do apartamento de Paula chorando bastante e foi
para rua. Naquele instante começou a chover bastante. Ele gritava desesperado
“eu quero voltar, eu quero voltar, eu quero voltar!!!!”
Querer voltar e voltar, eram coisas totalmente
diferentes. Carl só queria dizer a Paula tudo o que sentia e pensava, mas nunca
teve essa coragem.
- E se eu não tivesse me afastado dela? E se eu
tivesse me declado? Ela poderia estar viva, ela poderia não ter feito as
escolhas que a levaram a isso. A culpa é minha! Pensava Carl desolado e
querendo não acreditar no que havia acontecido com Paula.
Mas no final ela de fato havia morrido. As lágrimas
de Carl eram sinceras e verdadeiras, todavia, lágrimas não poderiam mudar os
fatos, nem as escolhas.
Aquela chuva ficava cada vez mais forte. A morte de
Paula foi, talvez, a peça fundamental para ele querer, de verdade, voltar. Ele
não queria estar longe dos amigos, ele não queria que eles fossem drogados, ele
não queria que eles vivessem daquela maneira, ele não queria mais viver aquela
vida que não era dele, ele não queria perder Paula, não daquela maneira. Mas
como fazer para voltar?
Ele nem sabia como chegara ali, imagina como sair!
Com uma vontade incessante de voltar, mas sem saber como, Carl se ver sem
saída. Neste instante ele estava desesperado na calçada em frente ao prédio
onde Paula morava, chovia bastante como naquele dia em que ele lia seu livro em
seu quarto, de repente um carro desgovernado invade a calçada e o atinge em
cheio. Carl não chegou a ver o carro, só uma luz bastante forte, ele tinha
noção de que era o farol de um carro. Um grito se ouviu naquele instante! –
Ahhhhhhhhhhhhhhhhh...!!!
Então, Carl se acorda assustado com a luz do sol
invadindo seu quarto pela janela e batendo em seu rosto. Ele foi se acalmando
aos poucos, quando percebeu que estava novamente em seu apartamento, sozinho e
com o livro em cima da cama, o título daquele livro era ‘Sonho, o peso das
realizações’. Ele notou que tudo não passara de um mero sonho ou
um terrível pesadelo...
Naquele mesmo dia ele ligou para todos os seus
amigos, perguntando como eles estavam e pedindo para eles se encontrarem a
noite na praça da cidade, para conversar e rir um pouco. Estavam lá todos os
cinco juntos e felizes, diferente daquele sonho horrível.
Depois
daquele sonho Carl se viu mais apegado a todos os seus amigos, as conversas,
sorrisos, brincadeiras, até mesmo, as brigas eram mais intensas, ele decidiu
viver tudo com eles mais intenso, um dia após o outro. Ele não contou a seus
amigos sobre aquela noite, guardou como um segredo. Naquele mesmo ano, Júlio e
Beatriz assumiram um romance um tanto inusitado, pois ninguém do grupo
esperava. Acabou durando alguns anos e terminaram. Muitos anos se passaram e
Carl já havia esquecido daquela noite e de seu sonho maluco. A vida por si só,
fez com que eles se afastassem para que cada um seguisse seus sonhos e ideais,
mas as circunstâncias dessa louca vida acabaram por fazer com que ele lembrasse
daquela noite. Da forma mais natural possível, aquele sonho foi aos
poucos se tornando verdade, claro que, nem tudo foi perfeitamente igual, mas a
maneira como tudo ocorreu encontraram-se como em um encaixe perfeito de vidas.
Mesmo
tendo um pequeno romance com Beatriz, Júlio se assumiu homossexual mais tarde,
entretanto, manteve uma maravilhosa relação com todos os seus amigos, inclusive
Carl, eles ficaram bem mais unidos depois dos anos. Costumam dizer que são e
serão sempre melhores amigos.
Adolf da
mesma maneira, buscou coragem mais tarde, assim como Júlio, e também se assumiu
homossexual. Sua mãe não teve nenhuma doença mortal e eles vivem juntos até
hoje. Uma relação maravilhosa entre filho e mãe. Continua com aquela velha
amizade com o grupo, tentando sempre fortalecer os laços em cada encontro.
Paula, de
fato, acabou se afastando do grupo depois dos anos, matem um contato raro com o
pessoal, a boa notícia é que ela não se tornou prostituta, muito menos drogada.
Busca cada vez mais a realização profissional e realizar seus sonhos um a um
sem hesitar. Acabou casando e está vivendo esta vida tão curta, tão efêmera,
tão dura e ao mesmo tempo tão feliz.
Beatriz foi sempre a mesma pessoa contente, entusiasmada e a amizade com Carl só fez crescer cada vez mais, assim como com Adolf e Júlio. Estuda bastante e tem sonhos a realizar, sem pressa, mas sempre em frente, pois não há tempo para perder. Mesmo sem Paula, ainda continuam se encontrando e relembrando os velhos tempos com boas gargalhadas.
Carl aos
poucos foi conquistando seu espaço como músico, escritor e compositor. Ainda
não é ‘o maior de todos os tempos’, mas com suor e trabalho pode chegar lá, com
certeza. Vive sua vida ainda naquele apartamento de sempre, onde pertenceu a
Paula em seu louco sonho. Lá na rua Macaparana, n° 85, apartamento 24.
Esses
acontecimentos acabaram por lembrar a Carl seu sonho, sua noite. Ele estava
sentado ao lado da Igreja daquela cidade, lembrando dos seus amigos, pensando
nos acontecidos e no sonho, ele se perguntava como as coisas tinham acontecido
assim, Júlio e Adolf realmente viraram homossexuais; Paula se afastou; Beatriz
ficou e ainda está junto a todos. Então ele sorriu, sozinho, olhando aquele céu
bastante estrelado daquela cidade, feliz pelas cosias ruins não terem
acontecido, mas um tanto angustiado pela distância de Paula do grupo, mas ele
entende sua ausência e fica feliz por suas realizações. Então, Beatriz chegou,
ele a olhou bem fixamente e lá no fundo dos olhos dela um brilho diferente
aconteceu. Aquele olhar de tristeza não existia, mas sim, um olhar vivo e
feliz. Foi ali que ele descobriu que era Beatriz, que era ela de verdade, a
pessoa que ia estar ao seu lado para sempre, ou que pelo menos era o que ele
queria. Ela perguntou o porque dele a olhar tanto, ele respondeu que não era
nada, então, a abraçou, como de costume, e foram andando juntos sorrindo e
conversando. Mal sabiam que tempos a frente iriam formar uma bela família.
Fim!
Título: O
preço de uma escolha
Autor:
Carlos F. Jr.
Revisão:
Rossana Maximino / Dáfenes Rodrigues
Epílogo:
Carlos F. Jr. / Rossana Maximino
Ilustração:
Carlos F. Jr.
Categoria:
Drama
Local:
Recife-PE
Ano: 2016





Nenhum comentário:
Postar um comentário