sábado, 23 de abril de 2016

O preço de uma escolha (Final)

Epílogo

Por Carlos F. Jr. / Rossana Maximino


           Depois daquele sonho Carl se viu mais apegado a todos os seus amigos, as conversas, sorrisos, brincadeiras, até mesmo, as brigas eram mais intensas, ele decidiu viver tudo com eles mais intenso, um dia após o outro. Ele não contou a seus amigos sobre aquela noite, guardou como um segredo. Naquele mesmo ano, Júlio e Beatriz assumiram um romance um tanto inusitado, pois ninguém do grupo esperava. Acabou durando alguns anos e terminaram. Muitos anos se passaram e Carl já havia esquecido daquela noite e de seu sonho maluco. A vida por si só, fez com que eles se afastassem para que cada um seguisse seus sonhos e ideais, mas as circunstâncias dessa louca vida acabaram por fazer com que ele lembrasse daquela noite.  Da forma mais natural possível, aquele sonho foi aos poucos se tornando verdade, claro que, nem tudo foi perfeitamente igual, mas a maneira como tudo ocorreu encontraram-se como em um encaixe perfeito de vidas.





Mesmo tendo um pequeno romance com Beatriz, Júlio se assumiu homossexual mais tarde, entretanto, manteve uma maravilhosa relação com todos os seus amigos, inclusive Carl, eles ficaram bem mais unidos depois dos anos. Costumam dizer que são e serão sempre melhores amigos.






Adolf da mesma maneira, buscou coragem mais tarde, assim como Júlio, e também se assumiu homossexual. Sua mãe não teve nenhuma doença mortal e eles vivem juntos até hoje. Uma relação maravilhosa entre filho e mãe. Continua com aquela velha amizade com o grupo, tentando sempre fortalecer os laços em cada encontro.






Paula, de fato, acabou se afastando do grupo depois dos anos, matem um contato raro com o pessoal, a boa notícia é que ela não se tornou prostituta, muito menos drogada. Busca cada vez mais a realização profissional e realizar seus sonhos um a um sem hesitar. Acabou casando e está vivendo esta vida tão curta, tão efêmera, tão dura e ao mesmo tempo tão feliz.




Beatriz foi sempre a mesma pessoa contente, entusiasmada e a amizade com Carl só fez crescer cada vez mais, assim como com Adolf e Júlio. Estuda bastante e tem sonhos a realizar, sem pressa, mas sempre em frente, pois não há tempo para perder. Mesmo sem Paula, ainda continuam se encontrando e relembrando os velhos tempos com boas gargalhadas.







Carl aos poucos foi conquistando seu espaço como músico, escritor e compositor. Ainda não é ‘o maior de todos os tempos’, mas com suor e trabalho pode chegar lá, com certeza. Vive sua vida ainda naquele apartamento de sempre, onde pertenceu a Paula em seu louco sonho. Lá na rua Macaparana, n° 85, apartamento 24. 






Esses acontecimentos acabaram por lembrar a Carl seu sonho, sua noite. Ele estava sentado ao lado da Igreja daquela cidade, lembrando dos seus amigos, pensando nos acontecidos e no sonho, ele se perguntava como as coisas tinham acontecido assim, Júlio e Adolf realmente viraram homossexuais; Paula se afastou; Beatriz ficou e ainda está junto a todos. Então ele sorriu, sozinho, olhando aquele céu bastante estrelado daquela cidade, feliz pelas cosias ruins não terem acontecido, mas um tanto angustiado pela distância de Paula do grupo, mas ele entende sua ausência e fica feliz por suas realizações. Então, Beatriz chegou, ele a olhou bem fixamente e lá no fundo dos olhos dela um brilho diferente aconteceu. Aquele olhar de tristeza não existia, mas sim, um olhar vivo e feliz. Foi ali que ele descobriu que era Beatriz, que era ela de verdade, a pessoa que ia estar ao seu lado para sempre, ou que pelo menos era o que ele queria. Ela perguntou o porque dele a olhar tanto, ele respondeu que não era nada, então, a abraçou, como de costume, e foram andando juntos sorrindo e conversando. Mal sabiam que tempos a frente iriam formar uma bela família.







Fim!








Título: O preço de uma escolha
Autor: Carlos F. Jr.
Revisão: Rossana Maximino / Dáfenes Rodrigues
Epílogo: Carlos F. Jr. / Rossana Maximino
Ilustração: Carlos F. Jr.
Categoria: Drama
Local: Recife-PE
Ano: 2016




"Queria agradecer a todos os leitores, todas as pessoas que comentaram e me ajudaram direta ou indiretamente na construção dessa história. De um modo especial a Júlio Santos, Adolfo Rodrigues, Aldiany Paula e Dáfenes Beatriz pela permissão da utilização dessas personagens e de suas imagens para ilustra-las. Agradecer também a todos os elogios e criticas, essas coisas são boas para o crescimento. Foi bacana pra caramba! Espero melhorar a cada história e espero que vocês me ajudem mais e mais. Brigaduuu!" 
(Carlos F. Jr.)

quarta-feira, 6 de abril de 2016

O preço de uma escolha pt. 4 (O despertar)

Querer voltar e voltar, eram coisas totalmente diferentes. Carl só queria dizer a Paula tudo o que sentia e pensava, mas nunca teve essa coragem.
- E se eu não tivesse me afastado dela? E se eu tivesse me declado? Ela poderia estar viva, ela poderia não ter feito as escolhas que a levaram a isso. A culpa é minha! Pensava Carl desolado e querendo não acreditar no que havia acontecido com Paula.
Mas no final ela de fato havia morrido. As lágrimas de Carl eram sinceras e verdadeiras, todavia, lágrimas não poderiam mudar os fatos, nem as escolhas. 
Aquela chuva ficava cada vez mais forte. A morte de Paula foi, talvez, a peça fundamental para ele querer de verdade voltar, ele não queria estar longe dos amigos, ele não queria que eles fossem drogados, ele não queria que eles vivessem daquela maneira, ele não queria mais viver aquela vida que não era dele, ele não queria perder Paula, não daquela maneira. Mas como fazer para voltar?
Ele nem sabia como chegara ali, imagina como sair! Com uma vontade incessante de voltar, mas sem saber como, Carl se ver sem saída. Neste instante ele estava desesperado na calçada em frente ao prédio onde Paula morava, chovia bastante como naquele dia em que ele lia seu livro em seu quarto, de repente um carro desgovernado invade a calçada e o atinge em cheio. Carl não chegou a ver o carro, só uma luz bastante forte, ele tinha noção de que era o farol de um carro. Um grito se ouviu naquele instante! 
Então, Carl se acorda assustado com a luz do sol invadindo seu quarto pela janela e batendo em seu rosto. Ele foi se acalmando aos poucos, quando percebeu que estava novamente em seu apartamento, sozinho e com o livro em cima da cama, o título daquele livro era ‘Sonho, o peso das realizações’.  Ele notou que tudo não passara de um mero sonho ou um terrível pesadelo...

O preço de uma escolha pt. 3 (O encontro com Paula)

Todos sabiam que Carl sempre foi apaixonado por Paula e ele se preocupava bastante com ela. Nessa sua nova vida ele ainda não havia se encontrado com Paula e ele pensava em vê-la, queria ver com seus próprios olhos aquilo que ela havia se tornado, não queria acreditar que ela havia se tornado uma prostituta.
Carl estava refletindo sobre tudo aquilo que Beatriz havia lhe contado, quando o telefone toca, ele atende, era seu empresário avisando que ele iria fazer um concerto naquela noite, mas algo simples, só alguns minutos para alegrar a festa daquela cidade. Falou que estava tudo certo e desligou o telefone. Carl nem deu muita importância para o que seu empresário estava falando, porque só pensava em seus amigos e no que ele tinha se tornado naquele momento. 
Ele tinha que fazer uma escolha dura, continuar com seus sonhos e deixar seus amigos em situações desfavoráveis. Ou abrir mão de tudo para que eles voltassem a serem felizes.
 Mas mesmo com tudo, ele não sabia fazer tudo voltar ao normal até porque ele nem sabia como tinha chegado ali. Ele pediu a Beatriz o endereço de Paula, disse que tinha esquecido e queria conversar com ela. Beatriz deu o endereço, ela morava naquele antigo prédio onde ele estava dormindo antes de vir para nessa vida. Rua Macaparana, n° 85, apartamento 24.
Carl fazia suas apresentações há um ano e meio, por isso, ele não passava mais tempo ensaiando, sempre era avisado algumas horas ou até minutos antes dos eventos, já estava próximo a hora do concerto na sua cidade, faltavam umas 2h mais ou menos.
Ele se preparou, falou a Beatriz que ia na frente, pois ia resolver alguns assuntos e que ela fosse depois, lá iriam se encontrar, Beatriz o acompanhava em todos os seus eventos.  Então ele saiu. Antes de ir ao concerto resolveu passar para ver Paula, chegando no apartamento dela, ele chamou umas duas vezes, mas sem resposta. Ela poderia não estar em casa, pensou.
 No entanto, o som estava ligado baixinho, ele chamou mais uma vez e outra vez sem sucesso, ele resolveu arrombar a porta para ver se ela estava lá, se ela estava bem. Dois chutes foram o suficiente para o ferrolho da porta quebrar e ele poder entrar.
Ele entrou lentamente e chamando por Paula, passou pela sala, pelo primeiro quarto, não viu ninguém, mas percebeu que o apartamento estava uma bagunça, cheio de roupa no chão, papel por todos os lugares, preservativos abertos e fechados jogados por todos os cantos, bebidas aos montes.
Chegando mais dentro, na cozinha, ele viu Paula no chão, aparentemente desmaiada com várias seringas e frascos de droga ao seu redor. Ele se desesperou e foi tentar ajudá-la, gritou por seu nome, balançando-a e quando virou viu que seus olhos estavam abertos e ela não respirava, sua boca estava cheia de espuma.
Ele percebeu ali que ela tinha tido uma overdose e não estava mais viva...
Ele chorou abraçado com seu corpo e ligou para a ambulância, ainda meio desnorteado sem acreditar naquilo, ele saiu do apartamento de Paula chorando bastante e foi para rua. Naquele instante começou a chover bastante. Ele gritava desesperado “eu quero voltar, eu quero voltar, eu quero voltar!!!!”




Continua... 

O preço de uma escolha pt. 2 (A descoberta)

O que você está fazendo aqui depois de tudo? Como assim? O que eu fiz? Carl indagava. Então, Carl continuou falando que foi simplesmente vê-los e que estava com saudades, eles sorriram debochando dele e falavam: - O que o maior músico de todos os tempos quer com dois gays drogados? Não foi isso que você falou há 5 anos atrás? Quando foi viajar com sua primeira grande tour pelo mundo e esqueceu dos amigos?
Eles repetiam sem parar que a culpa era de Carl, toda a culpa e o mandaram embora e pediram para ele não procurar mais por eles, pois eles estavam bem esse tempo todo e sem ele. Carl foi embora sem esboçar nenhuma reação, ele não entendeu o que estava acontecendo, agora menos ainda.
Mas, uma coisa chamou sua atenção nessa pequena discussão com os rapazes, ele se perguntava: - Dois drogados? Dois gays? E que culpa? Culpa pelo quê? Como assim? O que aconteceu aqui? Melhor ainda o que está acontecendo aqui?
Já passavam das 15h quando ele resolveu voltar para casa pelo mesmo caminho que foi para casa de Aldof, pois ele queria ver se encontrava aquela menina novamente. Entretanto, ela não estava mais ali. Ao chegar em casa, Beatriz estava deitada no sofá vendo televisão, ele falou assustado: - Precisamos conversar. Agora!
Ela sentou rapidamente e perguntou o que estava acontecendo, ele respondeu: - O que está acontecendo, digo eu. Ontem eu estava no meu quarto deitado lendo meu livro com o cair da chuva, acordo casado com você, famoso, com meus amigos distantes de mim e sem saber o porquê das coisas, estou a ponto de enlouquecer.
Ela pediu para ele se acalmar e sentar, que ela ia explicar tudo. Ela explicou a ele que na noite anterior ele havia bebido umas canecas de vinho e indo ao banheiro escorregou e bateu a cabeça de leve na pia, nada sério, então ele tomou um banho e foi deitar. Por isso, talvez, ele estivesse complicando tudo, mas que depois ele iria se recuperar e lembrar-se de tudo.
Ele meio sem jeito falou a ela que não queria esperar, queria que ela o lembrasse o que havia acontecido com os seus outros amigos.
Ela então começou: - Tá bom! Vou te lembrar:
 Há algum tempo atrás quando nós casamos, éramos ainda aquele velho quinteto de sempre, unidos, irmãos, sempre fazendo aquelas nossas bagunças, mas os anos foram passando e acabamos nos afastando um pouco. Você se tornou conhecido como músico, escritor e compositor. Anos à frente Júlio e Adolf assumiram seu namoro, posteriormente foram morar juntos. Em um dado momento, eles precisaram de uma ajuda sua para comprar um medicamento, um tanto caro, para a mãe de Adolf, eles não tinham condições de comprar, porque estavam desempregados. 
Você acabou se recusando a ajudar por eles serem homossexuais e estarem se drogando às escondidas. Beatriz silenciou um momento e baixou à cabeça, ele pediu para ela continuar, então ela continuou:
- Você foi tão grosso com eles que desse dia em diante eles nunca mais falaram conosco e a mãe do Adolf acabou morrendo por falta desse tal medicamento. Ainda lembro daquele dia, você gritou com tanto ódio expulsando-os como se fossem cachorros, os chamando de drogados e gays. Foi terrível!
Carl ficou perplexo com tudo aquilo e sem palavras, notou ali o porquê de gritarem que a culpa era dele. Beatriz continuou:
 - Paula, viajou, passou alguns anos fora do país e quando voltou era uma pessoa totalmente diferente. Ela se tornou um prostituta viciada. Desde que ela voltou ela só vem aqui para pedir dinheiro para se drogar, às vezes, eu tentava ir a casa dela para conversarmos e tentar ajudá-la, mas sempre apareciam homens lá para fazer programa e você me proibiu de ir lá por conta disso.
 Beatriz falou que o ponto que ela trabalha fica perto da antiga escola de música, foi justamente por onde Carl passou quando estava indo procurar seus amigos e foi lá onde ele viu aquela moça, ele então se tocou que ela nada mais era que Paula.
Naquele momento ele olhou bem fixamente para Beatriz e percebeu que seu olhar não era o mesmo que antes, era um olhar morto, sem felicidade, como se estivera ali só por obrigação, sem compromisso com nada. Ele notou que todos seus amigos estavam infelizes e vivendo uma vida sem futuro em que apenas ele estava bem. 




Continua... 

domingo, 3 de abril de 2016

O preço de uma escolha pt.1 (A nova vida)

O preço de uma escolha

(The price of a choice / El precio de una opción)

Por Carlos F. Jr.



Em uma noite chuvosa Carl se deitou para dormir em seu apartamento, assim como de costume pegou um livro para ler, com todas as luzes do seu quarto apagadas apenas o abajur ao lado de sua cama para iluminar. A leitura estava tão boa que Carl se recusava a pegar no sono, mas aos poucos seus olhos foram fechando e ele acabou adormecendo com o livro em cima de seu peito e o abajur ainda ligado. Por conta daquela chuva fazia bastante frio naquela noite, então ele dormiu tão bem, que nem sentiu a noite passar rapidamente. 
Pela manhã, ainda com preguiça e com um belo sol brilhando lá fora, ele foi acordando aos poucos e se espreguiçado. Ele sentiu algo estranho, não era sua cama, nem seu quarto, percebera ainda que não estava só na cama, existia alguém com ele, ele saltou da cama assustado e sem entender bem quem de fato estava lá, olhava fixamente para ver quem era. Entretanto, seu salto assustado acabou acordando a pessoa que estava com ele, era Beatriz, sua melhor amiga a quem Carl tinha um apreço enorme. Ela abriu o olho, olhou em sua direção e sorriu se levantou só de calcinha, pegou a blusa do time de coração de Carl e vestiu, deu-lhe um beijo e disse: - Bom dia meu amor! (Carl pensava surpreso: - Meu amor? O que está acontecendo aqui?).
Ele sorriu para ela meio sem que graça, sem entender nada. Ela foi para cozinha preparar o café da manhã deles. Enquanto eles comiam ela conversava com ele e fazia perguntas que o mesmo não sabia responder, ele estava em um lugar que não sabia como tinha chegado lá, não sabia como tinha acontecido. Carl desde menino conhecia Beatriz e mesmo eles sendo muito amigos havia nele uma vontade enorme de casar-se com ela, não por ser apaixonado por ela, mas por ela ser a única que entendia ele e estava sempre ao seu lado.
Ele comeu rapidamente e falou a ela que tinha que resolver algumas coisas, se levantou, colocou uma roupa e saiu na rua para tentar entender o que estava acontecendo. Ao andar pela rua, as pessoas sorriam para ele, acenavam, apertava sua mão, queria abraçar, tirar foto, ainda sem entender o porquê de essas pessoas o cumprimentar tanto. Ele então passou em uma loja e viu um retrato seu em uma camisa preta, ele entrou na loja para tentar descobrir o motivo de seu retrato estar ali. No verso daquela camisa tinha CARL, O MELHOR MÚSICO DE TODOS OS TEMPOS!
Então ele pensou: - Primeiro foi Beatriz, agora isso!? Ele percebeu ali que seus dois maiores sonhos estavam realizados, que era casar com sua melhor amiga e ser um bom músico. Ele sorriu de felicidade e decidiu parar de entender aquela situação e aproveitar sua “nova vida”. Voltou para casa e foi ao encontro da sua esposa e a encheu de beijos e ela sorriu entusiasmada. Mas, em toda aquela situação de euforia e alegria por ter realizado os dois maiores sonhos de sua vida, existia uma questão, por onde andava seus outros grandes amigos? Paula, Júlio e Adolf.
Paula é aquela menina alegre que faz as pessoas sorrirem e que se sente um tanto excluída do grupo, mas que sempre está ali com eles, é por ela que Carl é apaixonado desde que se conheceram; Júlio é aquele cara louco que tem um coração enorme; Adolf um cara sincero que faz um bem enorme para todos.
Ele então questionou: - Beatriz, onde está o pessoal? Eu não me lembro bem. Tentando disfarçar, para ela não notar que ele, na verdade, não se lembrava de nada. Ela não respondeu, só baixou a cabeça e fez silêncio. Carl ficou sem entender e mais um vez perguntou: - Onde está o pessoal?
Beatriz respondeu: - Não sei. (Respondeu rapidamente e saiu para que Carl não fizesse mais perguntas).
Ele ficou sem entender mais uma vez. Alguns minutos depois ele ouviu Beatriz chorando baixinho dentro do quarto, ele resolveu deixa-la em paz para desabafar, mas não entendia nada do que estava acontecendo ali. Então, ele resolveu sair e procurá-los.
  Primeiramente foi à casa de Júlio, mas lá estavam morando outras pessoas e eles não sabiam quem era Júlio, foi na casa de Paula e lá estava fechado com uma placa de “Vende-se”. No meio do caminho indo à casa de Adolf, ele avistou uma mulher que o olhou fixamente, mas aquela mulher estava um pouco longe, toda suja e com três caras ao seu redor, aparentava estar muito drogada, no meio da multidão Carl a perdeu de vista e continuou andando e se perguntando quem seria aquela que o olhava tanto, ele tinha uma impressão de conhecê-la de algum lugar, mas não deu para lembrar por ela estar tão distante.
            Carl, enfim, chegou na casa de Adolf, ele estava lá e com Júlio, Carl se alegrou e abriu aquele sorriso e chamou para eles irem lá fora falar com ele. Eles não expressaram nenhuma reação positiva ao ver Carl e perguntaram: - O que você está fazendo aqui depois de tudo?



            
                                                                                                               
                                                                                                      Continua...